São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 2010

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TELEVISÃO

Crítica

Biografia de Dylan faz par com hippies e Batman

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em princípio, não é tão genial assim "Não Estou Lá" (TC Cult, 23h55, 12 anos) deixar claro que um filme não pode dar conta de uma vida. Isso, em outros modos, já estava em "Cidadão Kane", que Orson Welles rodou em 1941.
O que é efetivamente brilhante na cinebiografia que Todd Haynes fez de Bob Dylan é o que vem a partir disso. E uma das questões do cinema é essa: de que modo as coisas são roubadas do mundo para reaparecer na tela.
Será aos pedaços, transfigurado em mais de um corpo, entre Heath Ledger, Cate Blanchett, Richard Gere etc., que Dylan ganhará corpo -como uma imagem instável, transitando no mundo, repelindo qualquer definição redutora sobre sua pessoa artista (ou pessoa e artista). Não é pouco, em se tratando de um dos grandes músicos americanos.
Falando de vida, há "O Mundo de Jack e Rose" (TC Cult, 19h55, 18 anos), em que um pai percebe que, à porta da morte, precisa conduzir sua filha a novos caminhos, apresentando a ela uma situação além daquela na qual eles vivem -uma comunidade hippie perfeita em sua filosofia, mas isolada.
Ainda sobre o mundo, temos "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (HBO, 18h12, 12 anos), que torna Gotham City um correlato de Nova York. Impressiona, mas não torna a direção de Christopher Nolan (nem a discussão, rasa) melhor.


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