São Paulo, domingo, 16 de janeiro de 2011

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KEILA JIMENEZ - keila.jimenez.@grupofolha.com.br

Alvos na TV, jornalistas policiais rejeitam o rótulo

Bandeirantes/Divulgação
José Luiz Datena, o maior salário do jornalismo policial

Eles estão entre os maiores salários da TV e, alçados à fama, tornam-se âncoras de seus próprios programas.
Os jornalistas policiais, título que rejeitam e trocam por "investigativo" ou de "segurança pública", são alvo de disputa entre emissoras.
Que o digam Roberto Cabrini (SBT), Marcelo Rezende (Record) e José Luiz Datena (Bandeirantes).
Além de boas audiências, às custas, muitas vezes, de sensacionalismo com poucos limites, a cobertura policial confere repercussão às TVs. E elas dão cada vez mais espaço ao assunto.
Um noticiário local na Record chega a ter 80% de reportagens ligadas à segurança. Em dias como os da invasão dos morros no Rio, 100%.
"Não sei se esse tipo de repórter é mais valorizado, mas é mais difícil de encontrar. Poucos acabam indo por esse caminho. O glamour é zero. Tem é transpiração e correria", diz Marcelo Rezende.
Os diretores de jornalismo negam que os repórteres policiais ganhem mais que os outros na TV, mas reconhecem a importância da área.
"As matérias policiais acabam sendo um veículo de cobrança das autoridades", diz José Emílio Ambrósio, diretor de Jornalismo da Band.
Luiz Gonzaga Mineiro, diretor de Jornalismo do SBT, assume as dificuldades de se fazer reportagens policiais sérias na televisão.
"O detalhamento, como ir além dos dois lados da história, a polícia e o bandido, fica comprometido em uma cobertura ao vivo", diz ele.
Mas todo esse barulho sai caro. A Folha apurou que Marcelo Rezende foi para Record por um salário mensal de R$ 200 mil. Cabrini fatura no SBT na faixa de R$ 250 mil. Mas o maior salário mesmo é o de Datena: R$ 500 mil.
"Talvez eu seja valorizado porque trabalho muito", diz o âncora do "Brasil Urgente", líder de audiência na Band.
Para Mineiro, o espaço de cobertura policial está diminuindo no SBT. "Não podemos tirar o policial, mas a questão hoje é olhar para o nacional. Tanto é que "Boletim de Ocorrência" (policialesco do canal) saiu do ar."
"Se não tivesse importância, não cobriríamos. O país é esse, não fui que inventei. Se tivesse sido eu, teria inventado outro país, mais simpático, mais leve", diz Rezende.

"Às vezes o 'JN' tem mais polícia do que o meu programa, é muito relativo"
DATENA
apresentador do "Brasil Urgente"


TUITADAS

@gio_antonelli
Gente! Pra onde a gente manda doação pra chegar na serra? Tem algum posto recolhendo na Barra?
A atriz Giovana Antonelli procurando posto de coleta em seu bairro para colaborar com os desabrigados da enchente na região serrana do Rio

@NiveaStelmann
Muito triste vendo "JN". Minha família já passou por isso... Perdi um tio soterrado em Petrópolis. Tristeza sem fim...
A atriz Nívea Stelmann lembrando o drama familiar assistindo ao "Jornal Nacional" (Globo)

@bgagliasso
Assistindo "Jornal Hoje" assustado com o que tô vendo. Muito triste!!
O ator Bruno Gagliasso, sobre as notícias no telejornal da Globo sobre a enchente na região serrana do Rio

36 pontos
Foi o recorde de audiência de "TiTiTi" (Globo) na última terça-feira, dia 11
A novela das 19h, de Maria Adelaide Amaral, seguia com média na casa dos 35 pontos

3 pontos
Foi a audiência do "Programa do Ratinho" (SBT) na última quarta-feira, dia 12
A atração perdeu público por conta de "Passione" (Globo),que estava na reta final

com SAMIA MAZZUCCO


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