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Camila Morgado ri de Malu, que só fala da marolinha
Atriz consultou até a especialista em economia da Globo Miriam Leitão para viver jornalista da novela "Viver a Vida'
Papel acabou descambando para o humor e destoou dos personagens dramáticos de seu currículo, como a protagonista do longa "Olga"
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A vida pessoal de Malu Trindade está um caos completo.
Ela acaba de pegar o noivo com
outra mulher e não tira da cabeça o marido de sua prima.
Já a vida profissional da jornalista econômica de "Viver a
Vida" anda um marasmo só.
Desde a estreia da novela, há
cinco meses, Malu tem um único assunto para comentar com
seus telespectadores no boletim econômico que apresenta
na trama: a "marolinha" -expressão utilizada por Lula em
setembro de 2008, ao se referir
aos efeitos da crise da economia internacional no Brasil.
E, para falar que "continuamos a viver dias calmos", Malu
chega ao estúdio esbaforida, como se fosse interromper a programação com notícia urgente.
"Eu percebi isso [que Malu só
fala da marolinha]", diz à Folha, rindo, a atriz Camila Morgado, intérprete da jornalista.
"Quando a novela estreou, a
crise econômica ainda era um
assunto importante. Agora não
é mais, mas acho que não tem
nada de muito impacto nessa
área no momento, por isso ela
se mantém no mesmo tema",
continua, sempre dando risada.
Camila ficou preocupada
quando soube que seria uma
jornalista especializada em
economia na novela e que o autor, Manoel Carlos, tinha a intenção de colocar seus boletins
ao vivo no ar, no horário da novela, plano depois abandonado.
"Não entendo nada de economia e tentei ficar mais próxima
dessa profissão, na qual você
pode até, sei lá, mudar a história do país", afirma a atriz.
Ela pediu conselhos a alguns
jornalistas, entre eles a especialista em economia da Globo
Miriam Leitão. "Passamos uma
tarde juntas. Eu estava preocupada, disse que não sabia nada,
mas ela me tranquilizou: "Você
não sabe cuidar do dinheiro da
sua casa? Então você entende
de economia'", lembra.
Mas Malu Trindade deixou a
sisudez do jornalismo econômica de lado e descambou para
o humor, em meio a um triângulo amoroso com o marido da
prima e o namoro com um homem bombado de academia.
Camila se deleitou com seu
primeiro personagem engraçado, após ser marcada por papéis
dramáticos, como o de sua estreia na televisão, na minissérie
"A Casa das Sete Mulheres"
(2003), e o da protagonista do
filme "Olga" (2004).
"Quando comecei a gravar
aqueles boletins, comentava
com o pessoal da produção:
"Gente, acho que na vida real
não é bem assim". E me diziam:
"Relaxa, isso aqui é novela, é entretenimento". Então relaxei."
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