São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 2006

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Festival abre com orquestra e Luis Melo e terá mais de 200 peças

DA REPORTAGEM LOCAL

Um concerto com a Orquestra Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi e participação do ator Luis Melo -evento para convidados-, estava programado para abrir ontem à noite, no palco do Guaíra, o Festival de Teatro de Curitiba. O diretor-geral do evento, Victor Aronis, diz que a opção inédita pela orquestra é um modo de atender ao "ciclo das artes". Dança e circo já foram contemplados nas festas de abertura que costumavam ocorrer na Ópera de Arame desde a primeira edição do festival, em 1992.
Aquele teatro, cuja arquitetura está entrelaçada à paisagem natural próxima à Pedreira Paulo Leminski, recebe hoje a Companhia Estável, de São Paulo, dando largada à Mostra Oficial.
A diretora convidada Renata Zhanata encena "O Auto do Circo", texto de Luís Alberto de Abreu. A partir das memórias de um velho palhaço, desenrola-se a história de uma família de circo que imigrou para o Brasil.
Outra produção paulista é "Prego na Testa", solo do ator e palhaço Hugo Possolo, dos Parlapatões. Ele se desdobra em nove papéis nas históricas curtas do dramaturgo norte-americano Eric Bogosian, traduzido por Aimar Labaki, também o diretor. A apresentação será no Sesc da Esquina.
A terceira estréia desta noite é "Mirandolina", do dramaturgo italiano do século 18 Carlo Goldoni. A peça sobre as guerras da sedução ganha montagem de outro italiano, Roberto Innocente. O elenco é de Curitiba. Segundo Innocente, o principal desafio de montar Goldoni no Brasil é trazer para a língua portuguesa o sentido e a fluência quase musical adotados pelo autor que costuma ser associado à commedia dell'arte.
Das 19 peças da Mostra Oficial -eram 12 no ano passado-, produções convidadas pela organização, com direito a cachê, oito são do Rio, sete de São Paulo, duas de Belo Horizonte, uma de Santa Catarina e uma de Curitiba.
A organização do Fringe, mostra paralela do festival que também começa hoje, estima que, entre adulto e infantil, deve bater em 204 o número de espetáculos inscritos. São produções de vários Estados que pagam de R$ 35 a R$ 60, dependendo do espaço. Ao ar livre, estão isentas de taxa.
Os primeiros ingressos esgotados na Mostra Oficial são das peças "O Amor Imortal de Antônio e Cleópatra" (RJ), com atores da Globo, e "Amores Surdos" (MG), com o grupo espanca!, o mesmo revelado no Fringe em 2005 com "Por Elise".


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