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Festival abre com orquestra e Luis Melo e terá mais de 200 peças
DA REPORTAGEM LOCAL
Um concerto com a Orquestra
Sinfônica do Paraná, sob a regência do maestro Alessandro Sangiorgi e participação do ator Luis
Melo -evento para convidados-, estava programado para
abrir ontem à noite, no palco do
Guaíra, o Festival de Teatro de
Curitiba. O diretor-geral do evento, Victor Aronis, diz que a opção
inédita pela orquestra é um modo
de atender ao "ciclo das artes".
Dança e circo já foram contemplados nas festas de abertura que
costumavam ocorrer na Ópera de
Arame desde a primeira edição
do festival, em 1992.
Aquele teatro, cuja arquitetura
está entrelaçada à paisagem natural próxima à Pedreira Paulo Leminski, recebe hoje a Companhia
Estável, de São Paulo, dando largada à Mostra Oficial.
A diretora convidada Renata
Zhanata encena "O Auto do Circo", texto de Luís Alberto de
Abreu. A partir das memórias de
um velho palhaço, desenrola-se a
história de uma família de circo
que imigrou para o Brasil.
Outra produção paulista é "Prego na Testa", solo do ator e palhaço Hugo Possolo, dos Parlapatões. Ele se desdobra em nove papéis nas históricas curtas do dramaturgo norte-americano Eric
Bogosian, traduzido por Aimar
Labaki, também o diretor. A apresentação será no Sesc da Esquina.
A terceira estréia desta noite é
"Mirandolina", do dramaturgo
italiano do século 18 Carlo Goldoni. A peça sobre as guerras da sedução ganha montagem de outro
italiano, Roberto Innocente. O
elenco é de Curitiba. Segundo Innocente, o principal desafio de
montar Goldoni no Brasil é trazer
para a língua portuguesa o sentido e a fluência quase musical adotados pelo autor que costuma ser
associado à commedia dell'arte.
Das 19 peças da Mostra Oficial
-eram 12 no ano passado-,
produções convidadas pela organização, com direito a cachê, oito
são do Rio, sete de São Paulo,
duas de Belo Horizonte, uma de
Santa Catarina e uma de Curitiba.
A organização do Fringe, mostra paralela do festival que também começa hoje, estima que, entre adulto e infantil, deve bater em
204 o número de espetáculos inscritos. São produções de vários
Estados que pagam de R$ 35 a R$
60, dependendo do espaço. Ao ar
livre, estão isentas de taxa.
Os primeiros ingressos esgotados na Mostra Oficial são das peças "O Amor Imortal de Antônio
e Cleópatra" (RJ), com atores da
Globo, e "Amores Surdos" (MG),
com o grupo espanca!, o mesmo
revelado no Fringe em 2005 com
"Por Elise".
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