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DOCUMENTÁRIO
"V-Day" pede fim da violência contra a mulher
BEATRIZ PERES
EDITORA DO EQUILÍBRIO
No lugar do silêncio, várias formas de dizer a palavra vagina. Na
boca de atrizes, crianças, norte-americanas comuns, filipinas,
quenianas, xerifes risonhos do interior da Califórnia. Esse é o registro de "Até que a Violência Acabe
- Monólogos da Vagina", documentário que o GNT exibe a partir de hoje.
O filme acompanha montagens
baseadas na peça "Monólogos da
Vagina", da escritora Eve Ensler,
que foram encenadas em 2002 em
800 cidades pelo mundo.
Conhecido como "V-Day", o
projeto tinha por objetivo arrecadar fundos para instituições que
combatem a violência contra a
mulher, além de levantar a discussão em sociedades marcadas pela
culpa e pelo constrangimento que
acompanham estupros e outros
abusos.
As imagens intercalam as preparações de alguns dos espetáculos com cenas -que tanto podem
ser trechos dos "Monólogos da
Vagina" original quanto depoimentos de mulheres sobre suas
experiências.
Entre os momentos mais interessantes (com toda a tragédia
que carregam), estão um homem
de uma reserva indígena em Dakota do Sul falando sobre a violência que marcou os primeiros
anos de seu casamento e as mulheres filipinas que tornaram público poucos anos atrás o fato de
terem sido usadas como escravas
sexuais por soldados japoneses
durante a Segunda Guerra.
Mas o grande nome do documentário é Agnes Pareyio, uma
queniana que percorre tribos em
seu país para tentar impedir a violência da clitoridotomia (conhecida como circuncisão feminina) e
para proteger as meninas que se
recusam a passar pelo ritual.
Ninguém fala em feminismo no
filme, e os discursos politicamente organizados são substituídos
por depoimentos emocionados.
Mas a mensagem está lá.
Até que a Violência Acabe -
Monólogos da Vagina
Quando: hoje, às 21h, no GNT
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