São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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Jogo de vida e morte seduz gladiador em "Spartacus"

Lutador estreia em "Gods of the Arena", prólogo da primeira temporada

História recupera passado de personagens e mostra como centro de treinamento de lutadores evoluiu

CLARICE CARDOSO
DE SÃO PAULO

"Só há um caminho", anuncia o narrador. "Nós o matamos."
Algumas cenas depois, Gannicus entra na arena. Com torso nu, encara o adversário às gargalhadas.
Entre lutas violentas em câmera lenta, sexo e litros de sangue derramados, o gladiador estreia hoje em "Spartacus: Gods of the Arena".
Os seis episódios que irão ao ar no Globosat HD funcionam como um prólogo para a temporada anterior da série, "Blood and Sand", e retratam a cidade de Capua antes da chegada do herói.
O eixo é a Casa de Batiatus, centro de treinamento de lutadores, e começa quando Batiatus (John Hannah) -que teve a garganta cortada na primeira temporada-, assume a escola do pai.
Para ficar bem com um nobre que pode ajudá-lo a construir a nova arena, exibe seu gladiador mais habilidoso.
Eis que surge o celta Gannicus. "Ele é intocável na arena e gosta da experiência de vida ou morte. É quando está livre", diz o ator Dustin Clare à Folha por telefone.
"Inspirei-me no lutador australiano Anthony Mundine, que é muito habilidoso, mas também convencido", completa.
É um bom resumo do caráter do personagem, definido pelo criador do programa, Steven S. DeKnight, de um jeito peculiar: mistura de Han Solo ("Guerra nas Estrelas") e da banda The Killers.
Gannicus encara todo o tempo o perigo da morte. E ri. "Ele está constantemente lutando contra si mesmo e, a qualquer hora, pode escolher viver ou morrer. Só que não sabemos o que quer."

SOLISTA
"Como muitos gladiadores, ele tem certo desrespeito por autoridades. É um solista. Ao longo da série, surge uma luta por poder entre ele e Batiatus", explica Clare.
Para o papel, o ator encarou três semanas de treinamento. "Há lutas de espadas e muitas ações como dublê que nós mesmos fazemos", conta. "Uma grande luta do sexto episódio levou oito dias para ser filmada."
Interessa também a Clare o lado histórico -sobre o qual, é claro, são tomadas algumas liberdades. "Ele não tem a mesma consciência moral que nós. Para eles, lutar na arena e cortar a cabeça de alguém era normal."
Baseado no que já se viu do primeiro ano, ele defende a violência sanguinolenta e sensual explorada nos episódios. "Fiquei interessado nos relacionamentos entre os personagens de "Blood and Sand". Há relações intricadas. "Spartacus" é mais sobre drama e relacionamentos do que sobre violência e sexo."
Sobre o futuro, Clare é evasivo. "Estarei envolvido na próxima temporada, mas não quero dar um "spoiler" para os brasileiros."

NA TV

Spartacus: Gods of the Arena
Estreia da série no Globosat HD
QUANDO hoje, às 22h30
CLASSIFICAÇÃO não informada


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