São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011 |
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Escrever perdeu peso político, dizem autores DA ENVIADA A LONDRES Estatal e sob censura até duas décadas atrás, a indústria de livros da Rússia possui duas gigantes que detêm mais de 80% do mercado, a Eksmo e a AST. São grupos que também controlam a distribuição e o varejo, concentrados em Moscou e em São Petersburgo. Novas editoras, que atuam em nichos tão específicos como o de história ou o GLS, se estabeleceram apenas nos últimos anos. Após a abertura política, uma enxurrada de títulos estrangeiros ocupou a atenção dos leitores. Só depois, a partir dos anos 2000, vozes locais surgiram e se firmaram. Apesar das vendas exuberantes na Rússia, escritores e poetas não têm o peso político ou estético do século passado, concordaram os ficcionistas Leonid Iuzefovich e Olga Slanikova, a poeta Maria Stepanova e o crítico Lev Danilkin, participantes de um dos muitos eventos sobre a nova literatura russa. "Somos tão sem importância que a imprensa ainda é censurada, mas nossos livros não mais", afirma Danilkin. O objetivo do debate era mapear as grandes tendências de hoje. "Depois de um século de realismo-socialista, estamos cansados de ter de seguir alguma tendência", ironiza Stepanova. Entre muitas divergências, os autores identificaram a dicotomia fantasia versus realismo como um dos eixos que norteiam a miríade de ficções. (JOSÉLIA AGUIAR) Texto Anterior: Livros: Em Londres, novos russos miram mercado mundial Próximo Texto: Alex Bellos revela face divertida da matemática Índice | Comunicar Erros |
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