São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 2008

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Crítica

Jarmusch mostra azedume em "Flores Partidas"

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em "Flores Partidas" (TC Cult, 22h; 12 anos), Bill Murray faz Don, um solteirão que descobre ter um filho já crescido e desconhecido, o que o obriga a recorrer às fontes, ou seja, ir atrás das ex-namoradas. O que será um horror, sobretudo para alguém que driblou a chatice matrimonial cortando os namoros no devido tempo.
E com justa razão, porque as ex-pequenas de Don são completamente doidas, amarguradas com a vida e com humores azedados. E estamos falando de mulheres classe A, como Sharon Stone e Jessica Lange.
Jim Jarmusch não fez um filme machista, pois há uma quase narcolepsia de Don para com sua vida, apontando um "defeito" já disseminado e anterior aos personagens.
O que Jarmusch fez, sim, foi um filme de Todd Solondz ("Felicidade"), com um universo disfuncional bastante idem. Algo a pasmar, pois Jarmusch é um dos padrinhos do cinema independente americano e ele é quem seria o pai do mais jovem (e péssimo diretor) Solondz.


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