São Paulo, domingo, 16 de julho de 2006

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Vitrine

Drama
Persona     
INGMAR BERGMAN
Distribuidora:
Versátil; Quanto: R$ 44,90
Realizado em 1966, um dos filmes mais luminosos do cineasta sueco Ingmar Bergman, o que vale dizer que é um dos grandes momentos do cinema. Elizabeta Vogler (Liv Ullmann), uma famosa atriz de teatro, tem um "branco" no meio de um espetáculo e entra num estado quase catatônico. A jovem enfermeira Alma (Bibi Andersson) cuida dela numa casa de praia. Entre o silêncio de Elizabeta e a fala incontida de Alma, Bergman constrói um ensaio de intensa poesia audiovisual sobre a identidade, o desejo e a culpa. Uma montagem descontínua, que mimetiza a linguagem onírica, duas esplêndidas atrizes e a magnífica fotografia em preto-e-branco de Sven Nykvist. Numa palavra: sublime. Nos extras, só trailer. (JOSÉ GERALDO COUTO)

Animação
O Castelo Animado     
HAYAO MIYAZAKI
Distribuidora:
Playarte; Quanto: só para locação
Uma inocente garota descobre um universo mágico que irá mudar sua forma de ver o mundo real. Poderia ser "Alice no País das Maravilhas", "Sex and the City" ou "O Mundo de Sofia", mas é só mais uma incursão da mente "metadisney" de Miyazaki, um filósofo pacifista que decidiu passar suas mensagens criando um novo formato para o conto de fadas. Tradicional, psicodélico e encantador na mesma medida, o anime (como "Princesa Mononoke" e "A Viagem de Chihiro" antes dele) mira o formato "família" de forma ampla, englobando velhos, crianças, animais, plantas, seres mágicos, andróginos e objetos (há um fogo que fala!) num grande e ecológico sentido de "família terrestre". Fora as paisagens, deslumbrantes. Um filme de encher os olhos. (ALEXANDRE MATIAS)

Drama
Syriana - A Indústria do Petróleo    
STEPHEN GAGHAN
Distribuidora:
Warner; Quanto: só para locação
"Syriana" procura descortinar a complexa engrenagem política construída em torno dos interesses da indústria do petróleo. Trata-se de um filme de roteirista (Gaghan, de "Traffic", estreando também como diretor), mas que comporta uma complexidade genuína. Gaghan entra na política pelos olhos de um conjunto de personagens diferentes, envolvidos nessa indústria. E não se perde. O resultado é um raro filme complexo que faz sentido. Não há personagens principais, mas George Clooney (Oscar de melhor coadjuvante) destaca-se como um agente inspirado na figura real de Bob Baer. Há nos extras entrevistas e um documentário em que Gaghan convida o espectador a agir politicamente. (PEDRO BUTCHER)


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