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FILMES
As Aventuras de Hubert, o Cão
Herdeiro
Globo, 15h40.
(The Duke). Canadá, 1999, 88 min.
Direção: Philip Spink. Com James
Doohan. Duque bondoso deixa tudo que
tem para seu fiel cão Hubert.
Stigmata
SBT, 22h30.
(Stigmata). EUA, 1999, 103 min. Direção:
Rupert Wainwirght. Com Patricia
Arquette, Gabriel Byrne. Mistura de fé
em Deus e fé nos efeitos especiais:
milagres, investigação sobre eles etc.
Vírus
Record, 22h30.
(Virus). EUA, 1998, 100 min. Direção:
John Bruno. Com Jamie Lee Curtis,
William Baldwin, Donald Sutherland.
Tripulação entra em navio abandonado e
topa com forças alienígenas que
planejam tomar o mundo.
Intercine
Globo, 1h45.
Escolha entre dois inéditos: "Lente
Assassina" (1998, de Gail Harvey, com
Shanney Doherty) e "Nas Ondas da Vida"
(1997, de Will Geiger).
Ele Joga Muito
SBT, 3h.
(He Got Game). EUA, 1998. Direção: Spike
Lee. Com Denzel Washington, Ray Allen.
Jovem jogador de basquete é assediado
enquanto o pai, condenado por
assassinato, tenta convencê-lo a ajudá-lo, jogando pela universidade de seu
Estado. Spike Lee que não circulou pelos
cinemas. Só para São Paulo.
Cherry 2000
Globo, 3h40.
(Cherry 2000). EUA, 1986, 94 min.
Direção: Steve DeJarnatt. Com Melanie
Griffith, David Andrews. Melanie é a
mercenária contratada para invadir
região dominada por psicopatas, onde
existem depósitos com peças de
reposição para robôs.
(IA)
Um carioca profissional
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Amores" (Canal Brasil,
17h) tem a marca de Domingos Oliveira. É um filme
feito com pouco dinheiro e
muita simpatia.
Mas sua principal qualidade equivale também a
seu maior defeito, que é
uma informalidade quase
sem limites. Ou, trocando
em miúdos, Oliveira traz
para a mise-en-scène esse
espírito carioca que talvez
hoje já não exista, vencido
pelo profissionalismo da
criminalidade ou pela seriedade produtiva.
Essa informalidade equivale a um espírito amador
que, por vezes, parece ultrapassar a fronteira do amadorismo. Feitas as contas,
eis aí um filme gostoso de
ver, sem compromisso, que
lembra um pouco as "Confissões de Adolescente"
criadas pelo próprio autor.
No mais, o mesmo canal
exibe, às 21h, "O Viajante".
Obra-prima pouco vista.
DOCUMENTÁRIO
Série mostra visões do talento de Nureyev
DA REDAÇÃO
O russo Rudolf Nureyev (1938-1993) era o tipo de bailarino aficionado. Dizem que, enquanto
não conseguia realizar um passo
ou coreografia como desejava,
não abandonava a sala de aula.
Sua persistência e, claro, o talento
incontestável, resvalam nas montagens que faria nas companhias
em que era convidado por todo o
mundo.
Nos seus tempos de estudante,
Nureyev costumava colar bilhetinhos nos lugares para os quais
olhava constantemente com lembranças do tipo "esticar mais o
joelho no passo X" ou para ficar
atento às correções feitas por um
professor.
A série "Nureyev e a Dança",
exibida pelo canal Film & Arts,
apresenta montagens do bailarino no período em que dirigiu o
balé da Ópera de Paris. Em cena,
clássicos de repertório como
"Raymonda" (amanhã, às 10h,
15h e 22h) e "La Bayadère" (dia
24, nos mesmos horários).
Com caráter de documentário,
a série traz o depoimento de bailarinos solistas, diretores, figurinistas e cenógrafos da companhia,
com a opinião de cada um sobre o
trabalho de Nureyev.
Trata-se de uma boa oportunidade para acompanhar cenas de
bastidores e ensaios. Algumas delas nos dão a sensação de estarmos nos locais.
Como se dá, por exemplo, a
construção de um personagem
dramático? Em "La Bayadère", a
solista relata os momentos em
que precisa ter domínio total da
técnica da dança clássica para poder usufruir de sua "verve atriz".
Se por um lado os documentários são recheados de depoimentos interessantes de quem fez parte das montagens, faltaria dosá-los ainda mais com as cenas dos
balés, lindíssimas, e pouco exploradas. Caso se pudesse ver mais
longamente algumas delas, a série
ganharia no objetivo a que se propõe: mostrar o trabalho de remontagem e direção de Nureyev.
(KATIA CALSAVARA)
NUREYEV E A DANÇA. Quando:
"Raymonda", amanhã, às 10h, 15h e 22h.
"La Bayadère", dia 24, nos mesmos
horários. Onde: Film & Arts
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