São Paulo, quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

As Aventuras de Hubert, o Cão Herdeiro
Globo, 15h40.
  
(The Duke). Canadá, 1999, 88 min. Direção: Philip Spink. Com James Doohan. Duque bondoso deixa tudo que tem para seu fiel cão Hubert.

Stigmata
SBT, 22h30.
 
(Stigmata). EUA, 1999, 103 min. Direção: Rupert Wainwirght. Com Patricia Arquette, Gabriel Byrne. Mistura de fé em Deus e fé nos efeitos especiais: milagres, investigação sobre eles etc.

Vírus
Record, 22h30.
 
(Virus). EUA, 1998, 100 min. Direção: John Bruno. Com Jamie Lee Curtis, William Baldwin, Donald Sutherland. Tripulação entra em navio abandonado e topa com forças alienígenas que planejam tomar o mundo.

Intercine
Globo, 1h45.

Escolha entre dois inéditos: "Lente Assassina" (1998, de Gail Harvey, com Shanney Doherty) e "Nas Ondas da Vida" (1997, de Will Geiger).

Ele Joga Muito
SBT, 3h.
   
(He Got Game). EUA, 1998. Direção: Spike Lee. Com Denzel Washington, Ray Allen. Jovem jogador de basquete é assediado enquanto o pai, condenado por assassinato, tenta convencê-lo a ajudá-lo, jogando pela universidade de seu Estado. Spike Lee que não circulou pelos cinemas. Só para São Paulo.

Cherry 2000
Globo, 3h40.
  
(Cherry 2000). EUA, 1986, 94 min. Direção: Steve DeJarnatt. Com Melanie Griffith, David Andrews. Melanie é a mercenária contratada para invadir região dominada por psicopatas, onde existem depósitos com peças de reposição para robôs. (IA)

Um carioca profissional

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Amores" (Canal Brasil, 17h) tem a marca de Domingos Oliveira. É um filme feito com pouco dinheiro e muita simpatia.
Mas sua principal qualidade equivale também a seu maior defeito, que é uma informalidade quase sem limites. Ou, trocando em miúdos, Oliveira traz para a mise-en-scène esse espírito carioca que talvez hoje já não exista, vencido pelo profissionalismo da criminalidade ou pela seriedade produtiva.
Essa informalidade equivale a um espírito amador que, por vezes, parece ultrapassar a fronteira do amadorismo. Feitas as contas, eis aí um filme gostoso de ver, sem compromisso, que lembra um pouco as "Confissões de Adolescente" criadas pelo próprio autor. No mais, o mesmo canal exibe, às 21h, "O Viajante". Obra-prima pouco vista.

DOCUMENTÁRIO

Série mostra visões do talento de Nureyev

DA REDAÇÃO

O russo Rudolf Nureyev (1938-1993) era o tipo de bailarino aficionado. Dizem que, enquanto não conseguia realizar um passo ou coreografia como desejava, não abandonava a sala de aula. Sua persistência e, claro, o talento incontestável, resvalam nas montagens que faria nas companhias em que era convidado por todo o mundo.
Nos seus tempos de estudante, Nureyev costumava colar bilhetinhos nos lugares para os quais olhava constantemente com lembranças do tipo "esticar mais o joelho no passo X" ou para ficar atento às correções feitas por um professor.
A série "Nureyev e a Dança", exibida pelo canal Film & Arts, apresenta montagens do bailarino no período em que dirigiu o balé da Ópera de Paris. Em cena, clássicos de repertório como "Raymonda" (amanhã, às 10h, 15h e 22h) e "La Bayadère" (dia 24, nos mesmos horários).
Com caráter de documentário, a série traz o depoimento de bailarinos solistas, diretores, figurinistas e cenógrafos da companhia, com a opinião de cada um sobre o trabalho de Nureyev.
Trata-se de uma boa oportunidade para acompanhar cenas de bastidores e ensaios. Algumas delas nos dão a sensação de estarmos nos locais.
Como se dá, por exemplo, a construção de um personagem dramático? Em "La Bayadère", a solista relata os momentos em que precisa ter domínio total da técnica da dança clássica para poder usufruir de sua "verve atriz".
Se por um lado os documentários são recheados de depoimentos interessantes de quem fez parte das montagens, faltaria dosá-los ainda mais com as cenas dos balés, lindíssimas, e pouco exploradas. Caso se pudesse ver mais longamente algumas delas, a série ganharia no objetivo a que se propõe: mostrar o trabalho de remontagem e direção de Nureyev.
(KATIA CALSAVARA)


NUREYEV E A DANÇA. Quando: "Raymonda", amanhã, às 10h, 15h e 22h. "La Bayadère", dia 24, nos mesmos horários. Onde: Film & Arts


Texto Anterior: Astrologia
Próximo Texto: José Simão: Buemba! Serra parece sopa de hospital!
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.