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BEBIDA
Inglês mostra mixologia
molecular em SP
JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL
O que Tony Conigliaro faz
no bar se aproxima do que
seu conterrâneo Heston
Blumenthal faz na vanguardista cozinha do londrino
Fat Duck. Tanto que um
mal-entendido, amplamente
disseminado, atribui ao bartender a carta de bebidas do
restaurante de Blumenthal.
"Apenas conversamos, temos uma amizade. O restaurante não tem nem bar. Foi
uma confusão que acabou se
espalhando", diz o bartender, que atualmente é consultor do Shochu Lounge,
bar do restaurante Roka.
Trazido ao Brasil pela
marca de vodca francesa Cîroc, Conigliaro deu um curso
para bartenders na última
segunda, no Balneário das
Pedras, em São Paulo. Em
entrevista à Folha, falou sobre a mixologia molecular,
vertente que aplica aos drinques técnicas semelhantes
às da gastronomia molecular. "A idéia é observar como
os drinques funcionam, como são construídos. A partir
disso, você pode mudar ou
aprimorar coisas para fazer
um drinque melhor", diz.
Entre as mudanças, está a
alteração da textura, transformando, por exemplo,
uma mistura de expresso
com vodca num "caviar" coroado por leite vaporizado,
ou um suco de grapefruit
com camomila em "pérolas",
que flutuam em vodca. Mas
um dos campos de estudo de
Conigliaro, que já trabalhou
com perfume, é mesmo o
aroma. "O aroma é muito
importante, porque 80% é
cheiro e 20% é sabor."
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