São Paulo, quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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TELEVISÃO

Crítica

"Alma Corsária" é um autêntico Reichenbach

CRÍTICO DA FOLHA

Certas identidades podem ser quase uma maldição. Toda hora aparece alguém a dizer que não "encontra o Carlão" em certos filmes do diretor Carlos Reichenbach ("Falsa Loura" ou "Garotas do ABC", por exemplo).
Eu, que conheço seus filmes desde, quase, que ele começou a fazê-los, bem que "encontro o Carlão" nesses filmes. Apenas não é uma coisa óbvia. E nossa era do marketing pede identidades rápidas e definitivas.
O Carlão que todo mundo "encontra" é o de "Alma Corsária" (Canal Brasil, 0h30), a saber: descontinuidade, personagens inusitados, humor corrosivo, alternância contínua de gêneros. Etc. Tudo isso constitui o que se poderia chamar de "signo Reichenbach". É o que tantos fãs como detratores esperam: pouco de estabilidade, enfim.
Talvez se possa olhar para além das identificações óbvias. "Alma Corsária" é um filme sobre a amizade e certo aprendizado amargo do mundo -como "Falsa Loura", aliás.
(INÁCIO ARAUJO)



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