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CRÍTICA DRAMA
Mudança social atrapalha nova versão de filme sertanejo de 1977
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Em 1977, "O Menino da
Porteira" foi um sucesso impressionante, apesar da produção modesta.
Agora, século 21, foi refeito
(Canal Brasil, 23h,14 anos),
com mais recursos, pelo mesmo diretor, Jeremias Moreira.
E, desta vez, o sucesso é que
foi relativamente modesto.
O que terá mudado? Mudou o cantor (Sérgio Reis, antes; Daniel, agora), certamente. Mas a história do
boiadeiro que vem vender
seu gado e faz amizade com
um menino é a mesma.
É o mesmo, também, o enfrentamento entre o boiadeiro e o fazendeiro que pretende expulsá-lo da cidade ou
coisa assim.
Na verdade, mudaram os
tempos. Em 1977, a população identificava no boiadeiro
o homem oprimido pelas relações sociais injustas, o que
era reforçado pelo governo
militar da época.
Os tempos mudaram e, em
matéria de sertanejo, o apelo
maior vem do sucesso: "2 Filhos de Francisco" não foi
um fenômeno por nada.
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