São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

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CRÍTICA DRAMA

Mudança social atrapalha nova versão de filme sertanejo de 1977

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em 1977, "O Menino da Porteira" foi um sucesso impressionante, apesar da produção modesta.
Agora, século 21, foi refeito (Canal Brasil, 23h,14 anos), com mais recursos, pelo mesmo diretor, Jeremias Moreira. E, desta vez, o sucesso é que foi relativamente modesto.
O que terá mudado? Mudou o cantor (Sérgio Reis, antes; Daniel, agora), certamente. Mas a história do boiadeiro que vem vender seu gado e faz amizade com um menino é a mesma.
É o mesmo, também, o enfrentamento entre o boiadeiro e o fazendeiro que pretende expulsá-lo da cidade ou coisa assim.
Na verdade, mudaram os tempos. Em 1977, a população identificava no boiadeiro o homem oprimido pelas relações sociais injustas, o que era reforçado pelo governo militar da época.
Os tempos mudaram e, em matéria de sertanejo, o apelo maior vem do sucesso: "2 Filhos de Francisco" não foi um fenômeno por nada.


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