São Paulo, sábado, 16 de novembro de 2002 |
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POEMAS "Que pena morrer justo quando/ as coisas vinham melhorando, /mas não faz mal, reunindo em breve / chuva estival, restos de neve,/ ramas com cheiro de aguardente/ no outono, irei, sem que o lamente,/ mesclar-me às folhas, água, argila:/ a encosta aguarda-me tranquila;/ quanto ainda falta e estarei junto/ de Lilla e Maya é o que pergunto./ (Eu desceria à cova pronta-,/ mente, mas quem vai tomar conta/ de Mari ou dar-lhe flor, assim/ que os vermes nutram-se de mim?)" ("Que Pena") "Não diga que é o fim./ (Fim, afinal, do quê,/ se é que tem fim de fato?)/ Não diga coisa alguma/ - algo melhor que não/ dizer coisa com coisa./ Esqueça que viveu/ e tudo o que já quis./ Não é mais relevante./ Desacostume-se de ser:/ não viver é melhor." ("Esqueça") Traduções de Nelson Ascher Texto Anterior: Rodapé: György Petri tratou a Hungria com amargur a repleta de lirismo Próximo Texto: Televisão - Daniel Castro: SBT faz ‘reality show’ disputado por países Índice |
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