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CRÍTICA DRAMA
Scorsese cria enfrentamentos sensacionais em jogo de bilhar
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Martin Scorsese filma muito rapidamente. A sucessão
de planos quase atropela os
movimentos.
Nem sempre foi assim, como se pode verificar vendo
"A Cor do Dinheiro" (Cinemax, 16h10, 12 anos).
Paul Newman, aliás Eddie
Felson, campeão de bilhar
do passado (na verdade, de
um antigo filme de Robert
Rossen), encontra um discípulo: Tom Cruise.
Mas o discípulo logo se
mostra um rebelde e desinteressado das intenções golpistas de Felson, o que os leva
ao rompimento e à perspectiva de novos enfrentamentos.
Eles virão, serão sensacionais. Mas o essencial é que
Scorsese dá aos personagens
um tempo para se desenvolver que seus filmes mais recentes ignoram.
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