Manu Fernandez - 18.fev.2010/AP Photo

 

Folha - Muitas pessoas talvez irão ao show mais para ver um ator do que um músico.
Kevin Costner - Por mim, tudo bem. Acho justo. A curiosidade é parte disso, mas a música tem que prevalecer, e eu realmente estou muito confiante com a minha música. Sabe, minha única preocupação é com o inglês, porque não vão entender o que cantamos e, sem saber as letras, perderão parte do show.

Quantas músicas vão cantar?
Acho que só vão nos dar uma hora no palco. Dá para cantar dez ou 11 músicas.

O que espera ver em Bauru?
Eu não sei, é um mistério. Mas as pessoas da América do Sul que já conheci sempre foram muito calorosas comigo. Estou muito empolgado e espero uma boa receptividade das pessoas aí embaixo. É nossa primeira vez na América do Sul, mas sei que minha vida vai ser diferente quando eu voltar para casa. Meu coração está aberto.

Visitará outras cidades?
Não faço ideia de onde estamos indo. Não faço planos, sou um livro aberto. Mas talvez a gente volte para tocar em outras cinco cidades no futuro. Já temos pedidos.

O senhor não faz mais tantos filmes quanto nos anos 90. A música está dando mais dinheiro do que o cinema?
Ganho mais como ator. Tenho escrito muitos roteiros e pretendo dirigir muitas coisas em breve.

Um de seus últimos filmes, "Promessas de um Cara de Pau", falava de eleições e foi lançado durante a campanha de Obama. Como avalia o governo dele?
Quero que ele seja mais forte. Estou decepcionado com a forma como lidamos com o vazamento de petróleo [no Golfo do México, em abril], com a situação no Irã e no Afeganistão.

Na época do vazamento, o senhor tentou que o governo aprovasse o uso de uma máquina para separar petróleo de água, na qual investiu seu dinheiro. Conseguiu?
Estamos firmando parcerias em Angola, Nigéria e Arábia Saudita. Um dos meus sócios vai falar com a Petrobras. Minha expectativa é que faremos negócio, porque é a coisa certa a se fazer. Sei que uma mulher acabou de ser eleita presidente aí e estou muito impressionado. Desejo sorte a ela e espero poder ajudá-la do meu jeito, protegendo os recursos do Brasil com a minha máquina.

PROVA DOS NOVE
O promotor Silvio Oyama, que propõe alterações na inspeção ambiental veicular realizada em SP, questionou a Controlar, responsável pela verificação, sobre seus procedimentos. Quis saber quantos veículos em boas condições são reprovados no teste (os chamados "falsos positivos"), qual a periodicidade da aferição dos equipamentos e se o uso de combustível adulterado pode influenciar no resultado final.

SOB CONTROLE
O presidente da Controlar, Harald Zwetkoff, diz que "não existem falsos positivos" na inspeção, porque, na primeira checagem, são verificados todos os itens que podem influir no resultado. Os equipamentos são aferidos a cada seis meses ou um ano pelo Inmetro, "e os laudos estão disponíveis nos postos". Sobre a gasolina adulterada, afirma que "a influência é muito pequena. O prejuízo é a longo prazo, porque o uso frequente de combustível adulterado vai corroendo as peças do motor".

DÁ-LHE RENDA MÍNIMA
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) embarca no dia 21 para o Sudão, onde dará uma palestra. O tema? Seu projeto de renda mínima. No fim de semana, o senador distribuía na ponte aérea Rio-SP seu livro mais recente sobre o programa.

O TEMPO VOA
O ex-ministro Eros Grau, que se aposentou do STF, tirou recentemente sua nova carteirinha da OAB, para voltar a exercer a advocacia -a anterior foi cancelada quando ele mudou de carreira no Judiciário. Grau se surpreendeu com o aumento do quadro da entidade. O número de seu primeiro registro, de 1965, era da casa dos 15 mil. O novo começa com 302 mil.

REVELAÇÃO
Um autorretrato em aquarela do austríaco Egon Schiele (1890-1918), datado de 1912, será exibido pela primeira vez na mostra "Verdade - Fraternidade - Arte", que será inaugurada no dia 20, no Museu Lasar Segall. A obra pertence há 60 anos à coleção particular de uma família paulistana.

DEBUTANTE
A estilista Glória Coelho fará uma mostra retrospectiva, recuperando coleções dos últimos 15 anos. Negocia para inaugurar a exposição no dia 2 de fevereiro de 2011, no Museu da Casa Brasileira.

REPETECO
O ator Leonardo Medeiros deve dirigir a peça "A Doença da Morte", de Marguerite Duras, que será montada em 2011. Em 2009, ele estrelou a montagem de outro texto da francesa, "A Música Segunda", ambos produzidos por Lulu Librandi.

TERRA NOSTRA
O italiano Kim Rossi Stuart, considerado melhor ator pela Mostra de Valência em 2009, está em São Paulo para exibir o filme "Questão de Coração" ("Questione di Cuore") na Semana Pirelli de Cinema Italiano, na Faap; Stuart estará ao lado de Rodrigo Santoro na noite de abertura do festival hoje, quando o brasileiro receberá o título de cidadão honorário de Paola, cidade na Itália onde nasceu seu pai.

FAZENDO ARTE
A Central Galeria de Arte Contemporânea, no Jardim América, foi inaugurada com a exposição "Queda", de Monica Rizzolli, no sábado. O dono do espaço, Wagner Lungov, deixou o mundo dos negócios para investir no mercado de arte.

CURTO-CIRCUITO

O livro "Zélio: 50 Anos de uma Aventura Visual", de Enock Sacramento, é lançado hoje, às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.

Deborah Bresser e José Alexandre Filho lançam hoje, a partir das 19h, o livro "Treino para Mulheres" (ed. LeYa Brasil), na livraria Saraiva do shopping Morumbi.

Chega às lojas hoje a coleção criada por Oskar Metsavaht para a Riachuelo.

com DIÓGENES CAMPANHA, LÍGIA MESQUITA e THAIS BILENKY

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