No céu de dezembro, o Sol se relaciona bem com Saturno, e a Lua míngua fora de curso em Escorpião até as 15h47, horário de Brasília, quando ingressa em Sagitário. Enquanto isso, a humanidade acorda desorientada e nenhuma das regras que comandam sua vida ajuda a resolver esta situação.
Pelo contrário, as regras propõem uma homogeneidade que está muito longe da realidade, porque os humores humanos sofrem as mesmas, embora de maneira mais intensa, flutuações das marés.
O caos é parte constituinte do universo, portanto também da realidade humana.
O caos existe muito antes da luz e, se tudo ensina a cultuar os ancestrais, os humanos também terão de render o devido culto ao caos.
Os humanos esclarecidos já não consideram o caos como um demônio hediondo que precisa ser assassinado, pois quanto mais se resiste ao caos, mais poderoso ele fica.
O caos precisa ser administrado, não eliminado.
Hoje, em que todo mundo acorda sem o apoio formal da Lua, é uma excelente oportunidade para testar a capacidade de permitir que uma saudável dose de caos se instale, para depois, sobre ela, construir uma outra ordem, mais adequada.

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