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NETVOX
Faça o seu preço
MARIA ERCILIA
Editora de Internet
²
Você é um caso perdido se, ao
entrar numa loja e perguntar
quanto custa um disco, sente
uma inexplicável necessidade
de sair dando cliques para comparar preços na Internet.
Pensando em casos assim, terminais, a empresa de consultoria Andersen Consulting acaba
de criar um aparelhinho chamado Pocket Bargain Finder
(www.ac.com/services/cstar/cstar-child/ecpocketbf- cn.htm). Trata-se de um leitor de
código de barras, combinado
com um telefone celular com
acesso à Internet e uma pequena tela. Munido de um destes,
você entra na loja e escolhe o
que quer comprar.
Mas, em vez de puxar a carteira, puxa o seu Pocket Bargain
Finder e lê o código de barras do
objeto de seu desejo.
Ele disca um número de provedor de acesso, conecta-se a
um site de pesquisa de preços e
mostra a melhor cotação para
aquele produto.
Ficção científica? Em 1995, a
Andersen criou um site chamado Bargain Finder, avô de todos
os sites de comparação de preços que fazem tanto sucesso hoje. Ele buscava preços de CDs
em seis lojas.
Tecnicamente o protótipo da
Andersen não tem nada de inviável. Ele poderia, dentro de
alguns anos, trazer para o varejo tradicional a guerra de preços que já acontece em sites norte-americanos na Internet, medida centavo a centavo.
Mas na prática as coisas não
são tão simples assim. Pesquisas
recentes mostram que o preço
não é o único -talvez nem
mesmo o principal- fator numa compra.
Recentemente, quando as lojas eletrônicas CDNow e N2K se
uniram numa só empresa, descobriram que tinham em comum somente 10% de seus compradores.
Ou seja, eles compravam na
mesma loja porque estavam
acostumados, mesmo que a dois
cliques de distância pudessem
encontrar um preço um pouco
melhor.
A Internet e os sistemas eletrônicos de verificação de preços
têm o potencial de alterar bastante a relação do consumidor
com os vendedores, mas nem todos os seus efeitos são previsíveis.
À primeira vista poderia parecer que a facilidade de cotação
de preços na Internet poderia
levar o varejo a uma guerra de
descontos suicida.
Mas pessoas não são máquinas que se guiam unicamente
pela melhor cotação. Quem
compra acaba estabelecendo alguma conexão emocional com o
"lugar" que escolhe, seja ele real
ou virtual. A confiança na marca, a facilidade de busca num
site, a rapidez no serviço, tudo
isso pode influenciar a decisão
do comprador.
²
Leilão de hotéis
Além dos comparadores de
preços, outros modelos de sites
de consumo surgem na Internet, fugindo do tradicional ponto-de-venda.
Acaba de estrear o site brasileiro Bargain (www.bargain.com.br), no molde do Priceline
norte-americano -uma espécie de leilão permanente onde o
comprador faz o preço. O interessado escolhe uma cidade e tipo de hotel em que quer se hospedar e sugere um preço.
O site entra em contato com os
hotéis associados e oferece o
"lance". Quem topar, leva o
hóspede.
²
E-mail: netvox@uol.com.br
NOTAS
"Ponto quente"
"A América Latina tem um gorila
de 800 libras usando a Internet, e
ele fala português." Assim começa
reportagem da revista "Interactive
Week" (www.zdnet.com/ intweek), que destaca o Brasil como
um dos "pontos quentes" em que a
Internet está crescendo. A revista
oferece a estranha teoria de que,
como as companhias telefônicas
foram impedidas de fornecer acesso, os pequenos provedores prosperaram no país.
²
HotMail a domicílio
Agora é possível ler mensagens
de HotMail num programa como o
Outlook ou o Netscape Mail. O
HotMail Express, um arquivo de
ajuda do Windows que pode ser
copiado em www.hotmail-express.com, ensina como configurar seu software para copiar as
mensagens para seu computador.
²
Receita
A Receita colocou uma versão
beta do programa de declaração de
Imposto de Renda no seu site
(www.receita.fazenda.gov.br). A
idéia é deixar o software à disposição do público, para que seja avaliado. Quem quiser pode enviar sugestões e críticas para
irpf99beta@receita.fazenda.gov.br.
Não é possível fazer declaração usando esta versão.
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Siciliano
Esta coluna publicou em 2/12 dados do site BookMiner
(miner.uol.com.br) segundo os quais os
usuários que pediam uma consulta
de livros no site da Siciliano recebiam resposta em 76,12% dos casos. Ricardo Miranda, responsável
pelo site, explica que o desempenho ficou reduzido porque o computador da livraria ficou alguns
dias fora do ar.
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