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Digitais viraram tendência
da Sucursal do Rio
As câmeras digitais se tornaram
a nova ferramenta dos cineastas
iniciantes em todo o mundo. Essas câmeras custam, em média,
US$ 3.500. Modelos de alta fidelidade podem custar US$ 500 em
lojas de descontos nos EUA.
No Festival de Sundance deste
ano, os curtas-metragens feitos
em vídeo se tornaram uma forte
tendência e eram cobiçados por
sites de entretenimento na Internet -que precisam de conteúdo
produzido com custos baixos.
A tendência se consolidou no
ano passado, chegando ao cinema
comercial com "A Bruxa de
Blair", que rendeu mais de US$
140 milhões. Mas esses filmes têm
de ser convertidos em película para serem mostrados em salas de
exibição convencionais.
Nos EUA, já existem cinemas
com projetores digitais, que não
precisam das películas tradicionais. Cineastas como George Lucas esperam que esses equipamentos sejam o padrão do mercado nos próximos anos.
O cinegrafista Mário Carneiro,
que trabalha com Saraceni em
"Banda de Ipanema", não se assusta com o emprego da nova tecnologia. Para ele, o que importa é
que a essência do cinema não mude. "O que não podemos perder é
o cinema nas praças, os cineclubes e aquela deliciosa conversa no
bar depois dos filmes. Quem sabe
isso não facilita as coisas para os
cineastas brasileiros? Somos uns
sem-tela. Tudo o que queremos é
um lugar para exibir a nossa arte."
(AM)
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