São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2000


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Digitais viraram tendência

da Sucursal do Rio

As câmeras digitais se tornaram a nova ferramenta dos cineastas iniciantes em todo o mundo. Essas câmeras custam, em média, US$ 3.500. Modelos de alta fidelidade podem custar US$ 500 em lojas de descontos nos EUA.
No Festival de Sundance deste ano, os curtas-metragens feitos em vídeo se tornaram uma forte tendência e eram cobiçados por sites de entretenimento na Internet -que precisam de conteúdo produzido com custos baixos.
A tendência se consolidou no ano passado, chegando ao cinema comercial com "A Bruxa de Blair", que rendeu mais de US$ 140 milhões. Mas esses filmes têm de ser convertidos em película para serem mostrados em salas de exibição convencionais.
Nos EUA, já existem cinemas com projetores digitais, que não precisam das películas tradicionais. Cineastas como George Lucas esperam que esses equipamentos sejam o padrão do mercado nos próximos anos.
O cinegrafista Mário Carneiro, que trabalha com Saraceni em "Banda de Ipanema", não se assusta com o emprego da nova tecnologia. Para ele, o que importa é que a essência do cinema não mude. "O que não podemos perder é o cinema nas praças, os cineclubes e aquela deliciosa conversa no bar depois dos filmes. Quem sabe isso não facilita as coisas para os cineastas brasileiros? Somos uns sem-tela. Tudo o que queremos é um lugar para exibir a nossa arte." (AM)


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