São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

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COLEÇÃO FOLHA

Royal Philharmonic Orchestra executa canções

Próximo volume reúne obras de Gershwin, Ravel e Debussy

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Acentos jazzísticos, sotaque espanhol e a obra que iniciaria a música do século 20: a Royal Philharmonic Orchestra mostra a diversidade de poéticas que conviviam na Paris do começo do século passado, executando obras de Gershwin, Ravel e Debussy.
George Gershwin era norte-americano, e foi em Nova York que ele obteve sucesso como compositor de musicais, imortalizando-se com canções como "Someone to Watch over Me", "Embraceable You" e "S'Wonderful".
Contudo, foi a Paris que ele se voltou para tentar conseguir reconhecimento como compositor de música de concerto. Na capital francesa, Gershwin conheceu alguns dos principais autores em atividade na época, como Stravinski, tentou ter aulas com a cultuada Nadia Boulanger e arrumou inspiração para "Um Americano em Paris".
Um dos compositores dos quais Gershwin se aproximou foi Maurice Ravel, refinado orquestrador, que escreveu seu célebre "Bolero". De estrutura simples -um ritmo "hispânico" estilizado, que vai se repetindo e passeando pelos diversos naipes da orquestra, com crescimento de intensidade.
Treze anos mais velho que Ravel, Claude Debussy é considerado por especialistas como Paul Griffiths o compositor que começou a música moderna, em 1894, com o "Prélude à l'Aprés-Midi d'un Faune", baseado em poema de Mallarmé. Uma revolução musical, mas não ruidosa e, sim, feita com luvas de pelica.


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