São Paulo, segunda-feira, 17 de março de 2008

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Daniel Castro dcastro@folhasp.com.br




Autor e diretor de novela terão mais autoridade, diz Globo

As mudanças na estrutura artística da Globo, anunciadas na semana passada, darão maior autonomia a autores e diretores de programas, segundo Octavio Florisbal, diretor-geral. Mas isso não significa novelas mais autorais. O controle de qualidade será reforçado.
Em comunicado na quinta, a Globo anunciou a criação da Área de Entretenimento. A unidade é a fusão das centrais de Criação e de Produção. Atual diretor da Central Globo de Produção (o Projac), Manoel Martins será o diretor-geral da Área de Entretenimento, a partir de julho, quando Mário Lúcio Vaz, diretor-geral artístico e hoje responsável pela criação, passa a atuar como consultor.
"Manoel Martins será um executivo gestor e vai delegar mais atribuições a autores e diretores. Eles terão mais autonomia, autoridade e responsabilidade", promete Florisbal.
Segundo o executivo, autores e diretores de núcleo (que devem passar a ser chamados de diretores artísticos), assumirão parte do papel desempenhado por Vaz na criação. E decisões antes submetidas a Vaz _como escolha de nome, marca, trilha sonora e abertura_ serão exclusivas de autores e diretores. "A idéia é dividir mais", afirma.
Florisbal acredita que o novo modelo de gestão dará maior equilíbrio à relação autor/diretor _autores costumam acusar diretores de terem maior poder e vice-versa. Contudo autores continuarão liderando a concepção e diretores, a realização.
Nessa nova estrutura, o diretor de produção (responsável, por exemplo, por cenários) terá maior influência numa novela. "A produção participará do processo desde o início", diz.
O controle de qualidade, antes exercido por Vaz, será reforçado e dividido. Martins ficará com o controle do artístico (aspectos técnicos), que será exercido antes da produção, e não sobre o produto pronto. O próprio Florisbal fará o controle dos "princípios e valores" (ética, responsabilidade social, classificação indicativa).
Para Florisbal, as mudanças tornarão a Globo mais preparada para "novas demandas" (produções em alta definição e novas mídias).

DEFLAÇÃO O SBT reduziu pela metade o valor dos prêmios que pagava no "Fantasia". Quando o programa era transmitido na madrugada, telefonemas atendidos no ar rendiam R$ 100 ao telespectador. Agora à tarde, o "Fantasia" paga apenas R$ 50. O programa dá prejuízo.

AMARELOU Três motivos levaram a Record a desistir de disputar os direitos do Campeonato Brasileiro, a partir de 2009. Primeiro, teria prejuízo se propusesse pagar mais de R$ 500 milhões por ano. Segundo, a Globo poderia cobrir sua oferta. Terceiro, só os clubes ganhariam.

ATRASOU O novo programa de Xuxa na Globo, aos sábados, só deve estrear em maio _e não mais em abril, com a nova programação.

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