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Bancas de pastéis são boa ideia, mas acabam em grandes filas
JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA
É conhecida a estranha
paixão dos paulistanos pelas
filas, capazes de ficar horas
numa cantina entupindo-se
de caipirinha e azeitonas à
espera uma mesa.
Ainda assim, me espantei
com a hora e meia de espera
por um pastel (sem caipirinha!) na madrugada, numa
das bancas instaladas na Virada Cultural -a da Débora,
que frequenta feiras da zona
norte, e que trabalhou por 24
horas na praça da Luz.
Esta espera aconteceu à
1h30 de domingo, depois do
show da cantora Céu, não
muito longe dali. Mais tarde
a situação não era muito diversa, embora mais tranquila. Às 13h eram vinte minutos na fila (e poucas variedades de bom recheio restantes). Meia hora depois, o dobro do tempo.
A Débora foi uma das quatro bancas do evento. Uma
boa ideia, embora parcialmente frustrada: o plano era
ter as dez melhores do concurso realizado pela Prefeitura em 2009.
Só quatro aderiram, sendo
que a Pasteis Kudo, do largo
Paissandu, amarelou no
meio da noite, e a Nakama,
do Anhangabaú, já não era
mais vista no meio do domingo.
Mas ficou bravamente até
o final a vencedora do concurso da Prefeitura: a Barraca da Maria, plantada no velho centro bancário, numa
esquina da rua do Tesouro.
Com menos palcos grandes em volta, estava menos
disputada que a da praça da
Luz e com isso permitia que
em menos de cinco minutos
se abocanhasse seu competente pastel de carne.
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