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Polícia apreende seis telas para averiguação
da Sucursal do Rio
A Polícia do Rio procura um perito que seja capaz de determinar
se são verdadeiras seis telas dos
pintores Lasar Segall, Di Cavalcanti, Milton Dacosta, Cícero Dias e
Pancetti, apreendidas em uma galeria em Teresópolis (na região
serrana, a 90 km do Rio).
As telas foram apreendidas a
partir de um pedido da Delegacia
de Defraudações do Rio, que abriu
inquérito para apurar denúncia de
existência de várias falsificações de
pinturas no mercado carioca.
De acordo com o delegado Agra
Lopes, titular da Delegacia de Defraudações, não existem peritos
nos quadros da polícia do Estado
capacitados para afirmar se os
quadros são falsificados.
"Estamos pedindo auxílio a museus e universidades para que nos
indiquem peritos", disse.
As seis telas estavam na galeria
Pinacoteka, do marchand José Maria Carneiro. As telas haviam sido
consideradas falsas após serem
examinadas por peritos do Museu
Lasar Segall -no caso, a tela de Segall-, por Alexandre Dacosta (filho de Milton Dacosta) e pelo próprio Cícero Dias.
A tela de Pancetti, uma marinha,
foi considerada falsa pelo marchand Maurício Pontual. Apesar
de não haver uma reclamação formal sobre o quadro de Di Cavalcanti, o delegado decidiu apreendê-lo e periciá-lo.
Na quinta-feira, o dono da galeria Pinacoteka prestou depoimento ao delegado Agra Lopes.
"Ele disse ter comprado o quadro de boa-fé, de pessoas que afirmaram serem eles autênticos",
disse o delegado.
Agra Lopes afirmou que José
Maria Carneiro citou, em seu depoimento, o nome de "três ou quatro" pessoas que lhe teriam vendido as telas. O delegado não quis revelar seus nomes, mas afirmou que
todas serão chamadas para prestar
depoimentos.
A Folha procurou José Maria
Carneiro várias vezes na quarta e
na quinta-feira. Sua secretária, que
se identificou como Mônica, disse
que Carneiro ligaria de volta. Até
as 19h de quinta-feira, ele não havia retornado as ligações.
(CG)
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