São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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"Eu me sinto orgulhoso de escrever a história do Tony como um brasileiro"

DE NOVA YORK

Paulo Szot dedicou o prêmio à mãe, Dirce, que fazia aniversário no domingo. Antes de conseguir telefonar para ela, conversou com a Folha nos bastidores da cerimônia. (DB)  

FOLHA - Como lidou com a pressão do favoritismo?
PAULO SZOT
- Apesar de as pessoas acharem que eu era favorito, eu não achava isso. É o meu primeiro espetáculo na Broadway. Nem sei o que dizer.

FOLHA - Sua lista de agradecimentos foi longa.
SZOT
- É uma emoção muito grande, você se vê falando diante de tanta gente, num teatro gigante como é o Radio City, e recebendo o prêmio das mãos de Liza Minelli... É muito emocionante, por isso preparei um papel com alguma coisa para ler. Ensaiei em casa, tinha muito mais [nomes]. Não falei todos porque começa a musiquinha [da orquestra] a tocar e você tem que acabar, fica essa pressão para você falar rápido.

FOLHA - Você mencionou o Brasil nos agradecimentos e em entrevistas. Para você, a conquista é mais do que apenas individual?
SZOT
- Eu honro muito essa oportunidade de trazer o nome do Brasil para fora, estender a fama do povo brasileiro, no bom sentido. Eu me sinto orgulhoso de escrever a história do Tony como um brasileiro.

FOLHA - Com um Tony na mão, você, que é estreante em musical, sente-se agora definitivamente parte desse universo?
SZOT
- Pois é, estou adorando. O primeiro contrato para o musical era até o final de junho. Depois da estréia, eles estenderam a temporada indefinidamente, porque o sucesso foi grande, os ingressos estão esgotados até o final de setembro. Então, vou continuar por muito tempo neste espetáculo. Mas não abandonei minha carreira operística, de jeito nenhum. No ano que vem tenho algumas óperas na França. Desmarquei alguns compromissos no Brasil, mas é porque este musical é uma oportunidade única.

FOLHA - Como será seu concerto solo no Lincoln Center?
SZOT
- Será em fevereiro. Eles me deram carta branca, eu posso escolher as músicas que quiser. Quero incluir músicas brasileiras, tenho muita vontade de cantar em português.

FOLHA - E Hollywood é o próximo passo?
SZOT
- Não tenho nada contra [risos].

FOLHA - Seu agente me contou que está articulando sua carreira em Hollywood. Disse que já tem conversas engatilhadas.
SZOT
- Então, nada contra, mas uma coisa de cada vez.


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