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TELEVISÃO
Crítica
Carpenter usa Marte em estúdio para discutir futuro
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Fantasmas de Marte"
(MaxPrime, 16h30; não indicado a menores de 12 anos) foi
aqui batizado com o nome de
seu autor no título ("de John
Carpenter"). A ideia é vender o
diretor, a "grife", quando pouca
coisa mais há a vender.
É um filme de que ninguém
gosta. Acho que só eu. Ele se
passa no planeta Marte, num
futuro remoto. Marte é inóspito, gélido, escuro. E lá a policial
Natasha Henstridge terá não
poucos problemas a resolver.
O que interessa não é a trama
ou o modo como é tratada (ele
já fez melhor), mas o caráter
abstrato desse planeta, em que
cada centímetro não nega a origem: é de um estúdio que se
trata. É em cima de maquetes
que as coisas se passam. Em
nenhum momento se esconde
que Marte e o futuro são uma
ideia, não uma imitação. Vicissitudes do baixo orçamento?
Sem dúvida. Mas é da necessidade que surgem as ideias.
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