Cantora vem ao Brasil pela 3ª vez, depois de elogiados shows em 2007; ela toca amanhã em SP e domingo no Rio

Biografia lançada nos Estados Unidos em abril recupera trajetória de Cat Power; cantora não quis falar com autora do livro

Sidinei Lopes-25.out.07/Folha imagem

A cantora norte-americana durante um dos show que fez em São Paulo,
no ano retrasado

BRUNA BITTENCOURT
DA REPORTAGEM LOCAL

Cat Power avisou que não quer câmeras no show que faz amanhã em São Paulo e domingo no Rio. Nem fotógrafos, que só poderão registrar a cantora em sua primeira música -em vez das três habituais, como acontece com a maioria dos artistas. Também fugiu de boa parte das entrevistas, o que reforça o temperamento arisco já conhecido da cantora.
Na primeira vez que esteve no Brasil, em 2001, Cat Power -pseudônimo da americana Chan Marshall, 37- fez um show decepcionante para muitos fãs, quando ainda enfrentava exagero com álcool. Na segunda, em 2007, se redimiu e saiu aplaudida de pé das apresentações no Tim Festival, um ano após o lançamento de "The Greatest". No disco, ela se afasta da sonoridade folk e melancólica que conquistou fãs e crítica para se aproximar do blues e do R&B.
Desta vez, o set list deve se basear em "Jukebox" -seu segundo disco de covers e o oitavo de sua carreira-, com regravações de Bob Dylan ("I Believe in You") a Joni Mitchell ("Blue"). E, como na sua última passagem pelo Brasil, será acompanhada pela competente banda The Dirty Delta Blues.
Se Marshall é pouco afeita a entrevistas, a jornalista americana Elizabeth Goodman se encarregou de contar o que a cantora pouco disse sobre sua vida.
Lançado em abril nos EUA, "Cat Power - Good Woman" (Cat Power - uma boa mulher) traça a vida da cantora de voz aveludada desde a infância no sul dos EUA até o começo como cantora na Nova York dos anos 90 além da luta contra o álcool que se seguiu. Na introdução, Goodman avisa: este é um livro que Chan Marshall não quer que você leia.