São Paulo, terça-feira, 17 de agosto de 2004

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FILMES

O Defensor
SBT, 22h30.
  
(The Bodyguard from Beijing). Hong Kong, 1995, 97 min. Direção: Corey Yuen. Com Jet Li, Christy Chung, Kent Cheng. "O Guarda-Costas" com Kevin Costner, aqui em versão Hong Kong, com Jet Li como o profissional contratado para proteger bela testemunha de um assassinato, que acaba se apaixonando por sua protegida.

Vítima do Passado
SBT, 3h.
   
(Mother Night). EUA, 1996. Direção: Keith Gordon. Com Nick Nolte, Sheryl Lee, Alan Arkin. Escritor americano que vive na Alemanha nazista preocupado apenas com a mulher é convencido a se tornar espião pelo governo do seu país. Ele embarca nessa e, durante seus discursos radiofônicos nazis -detestáveis, naturalmente-, vai passando preciosas informações. A guerra acaba, e ele acaba virando criminoso de guerra. Adaptação de romance de Kurt Vonnegut Jr. Algo a esperar. (IA)

Val Lewton espalha terror

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Val Lewton foi responsável pela talvez mais fabulosa série de filmes de terror de todos os tempos: aquela da RKO que começa com "Sangue de Pantera", em 1942, e que por algum motivo sumiu do mapa (do brasileiro, bem entendido).
Lewton teve, entre outros, o mérito de lançar Robert Wise (o montador de "Cidadão Kane") na direção. E é o próprio Wise quem dirige "Túmulo Vazio" (Futura, 23h), em que Boris Karloff faz o violador de túmulos a serviço de um cirurgião londrino do século 18.
"Túmulo Vazio" não é um dos grandes filmes da série, mas a série é grande o bastante para abrigá-lo muito bem: há Karloff, há Bela Lugosi, há sobretudo esse terror sugerido, marca registrada desta série que ninguém que gosta de cinema pode ignorar.

"REALITY SHOW"

Donald Trump recruta aprendizes na TV

DA REDAÇÃO

"Você está despedido!" Há um lugar em que as pessoas ficam ansiosas para ouvir esta frase. Em vez de lágrimas, surgem até risos. Pessoas extremamente infelizes com seus empregos à parte, esta é a reação dos telespectadores do "reality show" "O Aprendiz", que estréia amanhã no Brasil.
Um dos programas de maior sucesso da TV norte-americana deste ano, o "reality" tem como estrela o empresário-celebridade Donald Trump. Aqui, são 16 participantes -jovens de futuro promissor- que disputam o prêmio: um emprego numa das empresas de Trump e um salário anual de US$ 250 mil.
Em cada um dos episódios, as equipes participam de gincanas relacionadas ao mundo dos negócios; da equipe perdedora, um dos integrantes é eliminado do programa. Surge daí a desagradável frase que se tornou bordão de Trump e que fez o deleite dos fãs americanos. A segunda temporada está a caminho.
"O Aprendiz" tem tino para o mercado. De uma tacada só, coloca no mesmo pacote formatos que fazem sucesso na televisão ("reality show") e nas livrarias (auto-ajuda).
Tarefas como a do primeiro episódio, em que vence a equipe que faturar mais com a venda de limonadas na rua em plena Nova York, servem para que Trump dê "lições" de como se tornar um bem-sucedido empresário. O "reality" consegue ser mais cafona que o estranho corte de cabelo de Trump e mais patriótico que o Capitão América.
Volta e meia algum dos participantes versa sobre o sonho americano, ou sobre como são as qualidades profissionais que o capacita a vencer na vida. Isso quando não é o próprio Trump que louva as maravilhas do capitalismo e de sua fortuna pessoal (US$ 5 bilhões, segundo ele).
Se você quer fugir do clima de escritório e de "happy hour", fuja do programa -que será dublado na versão do People + Arts.
(BRUNO YUTAKA SAITO)


O APRENDIZ. Quando: amanhã, às 21h, no People + Arts.


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