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Fora dos palcos, bailarinos têm "vida normal"
DA REDAÇÃO
Há quem pense que vida de bailarino é tipo vida de modelo. Não
dá para sair nunca da dieta. O
elenco do grupo Corpo prova o
contrário.
Os bailarinos chegam a ficar
quase seis meses longe de casa por
conta das viagens internacionais
e, nessas (an)danças, confessam
que não regulam o cardápio e que
saem bastante da linha.
Mas, mesmo quando estão no
Brasil, não se privam de nada.
"Minha alimentação é absolutamente normal. Como de tudo,
gosto de beber e fumo um maço
de cigarro por dia", diz Ana Paula
Cançado de Oliveira, 34, que trabalha na companhia há 12 anos.
O dia do elenco começa às 9h,
com uma aula de balé clássico
com duração de uma hora e meia.
Após intervalo de meia hora, começam os ensaios, que seguem
até as 15h. Depois disso, "vida
normal".
Ana Paula conta que sobra tempo para trabalhar com a mãe, que
tem uma loja de decoração, e para
ter aulas de inglês e francês.
O casal Silvia Gaspar Botelho,
29, e Everson Botelho, 26, acabou
de "ganhar bebê". Julia, com três
meses, vai acompanhar a mãe na
turnê nacional. Mas Silvia, que
ainda amamenta, confessa que
ainda não sabe o que irá fazer
quando forem para os EUA, a primeira parada internacional da
turnê 2004 do Corpo.
Com 1,50 m e cerca de 40 quilos,
ela diz não deixar de comer nada,
mas regula os doces, "que comeria o dia inteiro se pudesse".
"Sempre fui magra. Engordei oito
quilos na gravidez, mas já voltei
ao meu peso normal", conta.
Jacqueline Gimenes, 34, na
companhia há 11, também é mãe,
de Rafael, 5. "Tenho uma vida
bem tranqüila. Quando estou por
aqui [Belo Horizonte], gosto de
passar o tempo com meu filho."
Peter Lavratti, 30, há cinco anos
no Corpo, já dançou no Grupo
Raça e na Cisne Negro Cia. de
Dança, ambas de São Paulo, e
considera o trabalho no Corpo
"um pouco mais tranqüilo".
Quando estão em turnê fora de
BH, os bailarinos chegam ao teatro às 16h, fazem aula de aquecimento e ensaiam até pouco tempo antes do espetáculo. Saem
exaustos depois do "show", que
recomeça no dia seguinte.
(KC)
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