São Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

"Amanhecer Violento" dá valor à ação física em 1984

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em cinema, o excesso leva ao palácio da sabedoria, como disse já não lembro bem quem, acho que Henri Michaux.
Quem indica o caminho, hoje, é John Milius, com o inesperado "Amanhecer Violento" (MGM, 13h55; 12 anos). Estávamos em 1984, ainda existia URSS e tudo, o que não torna menos delirante a ideia de uma invasão dos EUA por terra.
Mais, diante de um país desarmado, cujo valor espiritual está esgotado, o inimigo parece apto a conquistar posições decisivas. Ou parecia, até que um grupo de garotos, escoteiros ou algo do tipo, organiza a resistência e transforma a situação.
Existe muito clara a presença de um valor ligado à ação, ao físico, a valores primitivos (ver "Conan, o Bárbaro"), que se opõem à apatia americana pós-Vietnã. Terá sido George W. Bush seu espectador modelo? Seria uma prova de que cinema não rima muito com política.


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