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Livros devem preparar jovens para a dor, dizem autores de best-sellers
MARCO RODRIGO ALMEIDA
DE SÃO PAULO
Nem mesmo o horário (13h
de ontem) conteve a popularidade dos autores John Boyne ("O Menino do Pijama Listrado") e Jostein Gaarder ("O
Mundo de Sofia") na Bienal
do Livro de São Paulo.
Cinco minutos após o início da distribuição das senhas (11h), os 150 lugares disponíveis para a palestra estavam esgotados.
Além do sucesso de público, o irlandês Boyne, 39, e o
norueguês Gaarder, 58, guardam entre si outra semelhança: ambos souberam incorporar temas áridos em tramas ágeis e envolventes voltadas ao público jovem.
Em "O Mundo de Sofia",
Gaarder trata da história da
filosofia ocidental. Já em
"Através do Espelho" narra a
vida de uma garota doente.
Boyne não é menos árduo.
"O Menino do Pijama Listrado" é uma fábula sobre a
amizade entre um garoto alemão e um judeu durante a
Segunda Guerra (1939-45).
Boyne não nega que sua
intenção seja justamente
"provocar" o jovem leitor.
"A história pode fazer o leitor a questionar seu mundo.
Os melhores livros despertam a vontade de querer fazer
alguma coisa", diz Boyne.
Questionado sobre como
contar assuntos difíceis de
forma agradável, Gaarder argumentou que uma boa história é a melhor forma de ensinar algo, mesmo que situações adversas.
"As crianças passam por
coisas tristes na vida. É importante que leiam histórias
assim, para aprenderem a
enfrentar essas situações."
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