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Coldplay NO ROCK IN RIO (ROCK IN RIO?)
Divulgação
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Os ingleses do Coldplay, que afirmam ter fechado sua participação no Rock in Rio; o segundo disco do grupo, "A Rush of Blood to the Head", chegou ao quinto lugar da parada dos EUA |
Em entrevista, baixista fala do novo CD, "A Rush of Blood to the Head", e diz que banda deve tocar no Brasil em 2003
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LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A entrevista à Folha concedida
na última quinta-feira por Guy
Berryman, 24, baixista da banda-sensação Coldplay, transcorria
tranquila para o seu final quando
o músico britânico soltou que está
sendo acertado para a banda tocar na América do Sul no ano que
vem. Mais: na América do Sul e no
Brasil. Além: na América do Sul,
no Brasil e no Rock in Rio.
A informação vem de encontro
ao que foi divulgado recentemente por aqui, sobre o festival realizar sua próxima edição, a quarta,
com uma versão reduzida e apenas com bandas brasileiras.
Pelo sim, pelo não, a declaração
de Berryman, que falou de Los
Angeles, arrancou novidades sobre o futuro do maior festival brasileiro (leia abaixo), ameaçado de
extinção pela disparada do dólar.
A vida do Coldplay não tem sido "fácil" desde que o segundo álbum do grupo, "A Rush of Blood
to the Head", chegou às lojas há
algumas semanas (Brasil incluído): foi ao quinto lugar da "Billboard" (EUA) e se tornou o álbum que vendeu mais rápido na
Inglaterra (quase 300 mil em cinco dias). Leia a entrevista.
Folha - Vocês estão cumprindo
nos EUA disputadíssima agenda de
shows, programas de TV, rádio. Para a América, parece que o Coldplay é o maior grupo inglês em
anos. Vocês esperavam por isso?
Guy Berryman - Não, não. Tudo
o que tem acontecido aqui nos
EUA é muito maior do que a gente pode assimilar. Escolhemos começar a trabalhar o disco por aqui
porque queríamos ficar um pouco longe da Inglaterra nesse começo, já que sabíamos da repercussão que o CD ia ter por lá. Mas
aqui mal temos tempo de dormir.
Folha - Brad Pitt e Julia Roberts
gostaram do concerto de vocês em
Los Angeles em agosto?
Berryman - Acho que sim. Não
sei ao certo. Brad Pitt e Jennifer
Aniston disseram ter gostado bastante de nossa apresentação. Falei
para Aniston que ela não deveria
ter gostado tanto quanto eu gosto
de "Friends".
Folha - "A Rush of..." tem tido
performance extraordinária em
vendas no mundo todo. Isso assusta vocês, que há dois anos eram
banda de circuito universitário?
Berryman - Nós já esperávamos
que o álbum ia ser bem recebido
pelo público britânico. Mas tudo
que tem acontecido para o Coldplay nos EUA, lugar tradicionalmente complicado para bandas
inglesas, é de assustar, sim. Tentamos não pensar muito nisso.
Folha - Como você descreve o novo álbum, comparando com o anterior, "Parachutes"?
Berryman - Acho que "A Rush
of..." nos revela uma banda mais
confiante. Os dois discos têm o
mesmo elemento, que são apaixonadas canções pop. Mas as faixas
do novo álbum são mais rápidas.
Tentamos combinar intimismo e
intensidade porque sabíamos que
este disco ia nos colocar na estrada por muito tempo. E ao vivo
queríamos algo mais pesado.
Folha - Com toda essa badalação,
como "A Rush of..." já mudou a vida de vocês para sempre?
Berryman - Difícil de responder.
Ele já nos deixou muito mais ocupados com todos esses compromissos e shows. O que nos deixa
afastados de nossa família. Mas ao
mesmo tempo é um dos melhores
empregos do mundo.
Folha - É verdade que a banda
não gostou muito do novo álbum?
Berryman - É difícil estar completamente satisfeito com qualquer coisa. O que acontece é que
gostamos, sim, do disco, mas ficou um sentimento de que ele poderia ter saído melhor.
Folha - "In My Place" deve ser a
música que mais tocou em rádio
neste ano, em todo lugar. Essa você
considera boa?
Berryman - "In My Place" foi
uma das mais difíceis de gravar.
Ela foi a primeira canção a ser
composta e nasceu durante as sessões do disco anterior.
Folha - Então "In My Place" era
para ter entrado no disco de 2000?
Berryman - Era. Saiu dele em um
último momento, já no estúdio.
Folha - Há planos de alguma turnê mundial?
Berryman - Fomos avisados que
vamos fazer shows na América do
Sul em 2003. No Brasil, parece que
tocaremos no Rock in Rio. Não
sei já está confirmado, mas o plano de tocar aí está feito.
Folha - Mas nem o Rock in Rio foi
confirmado.
Berryman - Não foi? Acho que é
esse o festival que as pessoas que
cuidam de nossa turnê disseram
que vamos tocar.
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