São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2005

Texto Anterior | Índice

Músico faz shows no país

Moby dispara críticas pesadas a Bush em SP

THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL

O produtor e músico norte-americano Moby fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na entrevista coletiva que concedeu ontem em São Paulo para promover a turnê que realiza no país.
"A maioria das pessoas no mundo sabe que Bush não representa os EUA. Em Manhattan, 90% do povo votou em [John] Kerry [nas últimas eleições] e hoje 60% dos americanos acham Bush um péssimo presidente."
Segundo Moby, "a história mostrará que Bush foi o pior presidente dos Estados Unidos". "Ele era um garoto rico que tinha tudo fácil e pensou que ser presidente iria ser o mesmo. Achava que invadir o Afeganistão e o Iraque iria ser tão fácil quanto pedir uma pizza no Domino's." E continuou: "Tenho certeza de que Bush é um cara legal, uma boa companhia para um churrasco, mas, como presidente, ele é terrível".
Na apresentação que fez na Venezuela nesta semana, ele pediu desculpas ao público pela política externa norte-americana. "Muita gente odeia o [Hugo] Chávez, principalmente em Caracas, porque a cidade tornou-se muito perigosa. Mas isso não dá o direito a um reverendo [o pastor Pat Robertson] dos EUA de defender o assassinato de Chávez."
"Como americano, me sinto na obrigação de pedir desculpas a todos os países sul-americanos pela política externa dos EUA."
Moby iniciaria sua turnê brasileira ontem, com show no hotel Unique, em São Paulo. Os ingressos custaram R$ 300. Sobre o preço, Moby comentou: "Não sabia disso. Mas o outro show será mais barato. Me preocupa mais a desigualdade social do Brasil". O produtor, que está fazendo a trilha do próximo filme de Richard Kelly ("Donnie Darko"), toca hoje no Rio, terça em São Paulo e quarta em Belo Horizonte.


Texto Anterior: Música: Omara Portuondo faz show em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.