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Músico faz shows no país
Moby dispara críticas pesadas a Bush em SP
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
O produtor e músico norte-americano Moby fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, na entrevista coletiva que concedeu ontem em São Paulo para promover
a turnê que realiza no país.
"A maioria das pessoas no
mundo sabe que Bush não representa os EUA. Em Manhattan,
90% do povo votou em [John]
Kerry [nas últimas eleições] e hoje
60% dos americanos acham Bush
um péssimo presidente."
Segundo Moby, "a história
mostrará que Bush foi o pior presidente dos Estados Unidos". "Ele
era um garoto rico que tinha tudo
fácil e pensou que ser presidente
iria ser o mesmo. Achava que invadir o Afeganistão e o Iraque iria
ser tão fácil quanto pedir uma pizza no Domino's." E continuou:
"Tenho certeza de que Bush é um
cara legal, uma boa companhia
para um churrasco, mas, como
presidente, ele é terrível".
Na apresentação que fez na Venezuela nesta semana, ele pediu
desculpas ao público pela política
externa norte-americana. "Muita
gente odeia o [Hugo] Chávez,
principalmente em Caracas, porque a cidade tornou-se muito perigosa. Mas isso não dá o direito a
um reverendo [o pastor Pat Robertson] dos EUA de defender o
assassinato de Chávez."
"Como americano, me sinto na
obrigação de pedir desculpas a todos os países sul-americanos pela
política externa dos EUA."
Moby iniciaria sua turnê brasileira ontem, com show no hotel
Unique, em São Paulo. Os ingressos custaram R$ 300. Sobre o preço, Moby comentou: "Não sabia
disso. Mas o outro show será mais
barato. Me preocupa mais a desigualdade social do Brasil". O produtor, que está fazendo a trilha do
próximo filme de Richard Kelly
("Donnie Darko"), toca hoje no
Rio, terça em São Paulo e quarta
em Belo Horizonte.
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