São Paulo, sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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ÚLTIMA MODA

VIVIAN WHITEMAN, em Nova York ultimamodafolha@grupofolha.com.br

I ♥ NY

Grifes exaltam estilo de vida novaiorquino com esportivo de luxo e glamour setentista

A moda exibida em Nova York está com saudades de... Nova York. A temporada verão 2011 da fashion week americana terminou ontem em clima de nostalgia e exaltação do estilo de vida da metrópole mais fervida dos Estados Unidos.
Marc Jacobs mais uma vez deu o tom da temporada, invocando o espírito do Studio 54, o famoso clube nova-iorquino criado em 1977 e responsável por algumas das festas de arromba mais animadas e recheadas de celebridades de todos os tempos.
Vestidos esvoaçantes, macacões longos, pijamas e cores típicas do final dos 70: marrom, roxo, laranja e vermelho. Entre as demais referências de Jacobs, Jodie Foster em "Taxi Driver" (1976), os roqueiros montados do New York Dolls e os looks chiquérrimos de Yves Saint-Laurent (1936-2008) na brilhante fase setentista.
Se Jacobs é o Studio 54, Tommy Hilfiger, que completa 25 anos de marca, e Lacoste são as viagens de verão dos ricos do Upper East Side.
As duas grifes investiram nos clássicos de seu esportivo-chique, a primeira revisitando o "preppy" (o estilo "mauricinho" dos EUA) e a segunda com um pé no veraneio setentista -com direito a moças usando trancinhas como as de Bo Derek no filme "Mulher Nota 10" (1979).
A nova sofisticação também passa pelo Brasil. Jason Wu, queridinho da primeira-dama Michelle Obama e das intelectuais charmosas de plantão, se inspirou na artista brasileira Beatriz Milhazes em sua coleção.
Já Carlos Miele e seu desfile com trilha ao vivo de Bebel Gilberto, é adorado pela nova geração de socialites e atrizes que curtem o balanço sexy e os detalhes feitos à mão das roupas do estilista.
Já Alexandre Herchcovitch tem chamado a atenção de novos formadores de opinião, como o blogueiro hype Bryan Boy, considerado um dos mais influentes da web.
Em geral, o que se viu foi uma versão luxuosa de tendências que já pegaram. Os anos 70 já estão até nas araras das redes "fast fashion", assim como os básicos e os esportivos de luxo.
Trata-se, no fundo, de outro clássico local: em Nova York, a cidade do culto às grifes e aos VIPs, a novidade é uma questão de marca.


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