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De passagem pelo Brasil, ator Benício Del Toro visita MST
A agenda do astro hollywoodiano inclui ainda encontros com Lula e Dilma Roussef
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
O ator Benício Del Toro,
43, trocou a boina de Ernesto
Che Guevara (1928-67), personagem que vivera no filme
"Che" (2008), de Steven Soderbergh, pelo boné do MST
(Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Em visita ao Brasil, Del Toro colocou, como primeiro
compromisso na agenda, anteontem, uma visita à Escola
Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, a 70 quilômetros de São Paulo.
Construída entre os anos
2000 e 2005 por trabalhadores sem terra e simpatizantes, a escola, pela ideologia
que traz em si, vai ao encontro daquilo que o ator anda
buscando desde que participou de "Che".
Aqui e acolá, o astro hollywoodiano tem declarado
que, depois do papel, ganhou novas inspirações para
a própria vida.
"O MST traz oportunidade
e esperança ao ser humano.
Oportunidade de educação,
de mudança", disse, em entrevista ao site do movimento. "Tem os mesmos princípios que defendia Che Guevara. É, portanto, um movimento guevarista."
Na escola, ele conversou
com estudantes e militantes
dos movimentos sociais latino-americanos e encontrou-se com o escritor Fernando
Morais ("Olga", "A Ilha").
A agenda política do ator,
que fica no país até amanhã,
deve incluir um encontro
com o presidente Lula e outro
com a candidata do PT à presidência, Dilma Roussef.
Latino
De São Paulo, Del Toro seguiu para o Rio, onde, ontem
à noite, participaria de um
jantar organizado pelo produtor Luiz Carlos Barreto.
Especula-se que, a exemplo do cineasta Oliver Stone,
ele teria o desejo de envolver-se em alguma produção que
tratasse das questões da
América Latina.
Nascido em Porto Rico, Del
Toro, não raro, teve reservado para si, em Hollywood, o
papel do "latino". Entre seus
principais filmes, estão "Os
Suspeitos", "Traffic", "21
Gramas" e "Sin City" .
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