São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011

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CRÍTICA

'Luzes da Ribalta' tem os maiores comediantes do mundo e do mudo

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O Telecine Cult volta a Chaplin, sempre uma providência saudável, hoje com "Luzes da Cidade" (20h30, livre), seu último Carlitos, e depois "Luzes da Ribalta" (22h, livre), o último Chaplin nos Estados Unidos.
Este último merece atenção, claro, pela fábula que envolve o velho palhaço decadente (o próprio Chaplin), em sua luta para não ser tragado pelo tempo, e uma jovem bailarina com dificuldade de viver (Claire Bloom), ambos precisando de apoio para suportar o mundo.
Mais do que isso, é fascinante a cena que marca o encontro dos dois maiores comediantes do cinema mudo (e provavelmente do mundo): os atores Charles Chaplin e Buster Keaton.
São dois comediantes perfeitos e opostos. Ambos mestres do gesto.
A gestualidade de Chaplin é a do conquistador, visa a organizar o mundo, submetê-lo. A de Keaton nos dá conta da impotência do gesto, o mais perfeito, em face do caos do mundo.


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