São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011 |
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CRÍTICA ANIMAÇÃO Novo 'Manda-Chuva' perde ingenuidade original Remake acerta ao manter traço do clássico dos anos 1960 com personagens enfrentando exército de robôs MORRIS KACHANI DE SÃO PAULO Sinal dos tempos: o eterno malandro Manda-Chuva e seus divertidos camaradas felinos de rua juntam forças com o Guarda Belo para enfrentar um exército de robôs. Câmeras de segurança instaladas em todos os cantos aterrorizam a população de Nova York. E o inimigo só poderia mesmo ser batido por um belo golpe de hacker... A tentativa de adaptar o roteiro deste remake de Manda-Chuva, clássico desenho dos anos 1960, para os dias de hoje, coloca o mau uso da tecnologia como o grande vilão. E até um código de ética aparece como escusa para as traquinagens: "A gente só rouba de quem merece ser roubado". Há uma alusão à diversidade de nossos tempos, com um cão que se descobre gato, em penitenciária exclusivamente canina. Inevitável a comparação com o original, do tempo em que era feito na prancheta. O roteiro de antigamente, mais simples e direto, soaria ingênuo hoje em dia. Mas, se houve um acerto, foi na ideia de preservar o traço original, por mais que esta versão seja em 3D -um 3D sem grandes efeitos, nada que se compare com "O Gato de Botas", em que a espada chega a um palmo do nariz. Trata-se afinal de um filme barato. Como antigamente, os desenhos são sem textura, não têm a perfeição de "Carros" ou "Shrek". É bom matar a saudade do doce Batatinha ou rever aquelas velhas latas de lixo. Mas o inesquecível trabalho de dublagem de Lima Duarte, como o Manda-Chuva, definitivamente faz falta. Para as crianças isso pouco importa. A maioria nunca ouviu falar em Manda-Chuva e se diverte com os robôs vilões. Já os distribuidores torcem por uma carreira mais bem-sucedida que "Zé Colmeia", outro clássico dos anos 60, cujo remake ficou aquém das expectativas. O que pega hoje são os desenhos da Pixar. MANDA-CHUVA - O FILME DIREÇÃO Alberto Mar PRODUÇÃO México/Argentina, 2011 ONDE Butantã Playarte, Eldorado Cinemark e circuito CLASSIFICAÇÃO livre AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Ficção/Não ficção Próximo Texto: Álvaro Pereira Júnior: Querida Scarlett Índice | Comunicar Erros |
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