São Paulo, sábado, 17 de setembro de 2011 |
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CRÍTICA ARTES PLÁSTICAS Caráter intimista e minimalista dá ritmo repetitivo a bienal turca FABIO CYPRIANO ENVIADO ESPECIAL A ISTAMBUL A 12ª Bienal de Istambul, organizada pelo brasileiro Adriano Pedrosa e pelo costa-riquenho Jens Hoffmann, que abre hoje na Turquia, abandonou todo caráter espetacular de um evento desse tipo. Ao invés de obras grandiosas e montagens sensacionalistas, ela se organiza de forma intimista em 59 salas: 54 com mostras individuais de artistas; cinco com coletivas. "Sem Título (12ª Bienal de Istambul)", que fica em cartaz até 13/11, pretende ser tão minimalista e sofisticada como as obras do cubano Felix Gonzalez-Torres (1957-1996), reconhecido por tratar questões pessoais, como sua homossexualidade, e político-sociais com um grande rigor formal. No entanto, com sua montagem elegante, de pequenos ambientes revestidos em alumínio -criação de Ryue Nishizawa-, a Bienal se assemelha de fato à casa de um colecionador, com obras em pequenos formatos, plasticamente impecáveis, o que dá ritmo um tanto repetitivo à exposição. O exercício retórico se acentua com os temas das coletivas. Em "Death by Gun", nome do trabalho de Gonzalez-Torres que se refere a vítimas de armas de fogo, a mostra reúne basicamente obras com armas, como a emblemática "Shoot", de Chris Burden. Assim, a Bienal parece contradizer sua inspiração, sendo demasiadamente explícita, o que, para o público, pode ser bastante educativo. O jornalista FABIO CYPRIANO viajou a convite da organização do evento 12ª BIENAL DE ISTAMBUL AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Brasileiros: Leonilson está entre os destaques Índice | Comunicar Erros |
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