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LIVRO
Pesquisa traça ligação entre a discotecagem e a periferia no Brasil
Livro diz que "todo DJ já sambou"
DA REPORTAGEM LOCAL
O livro "Todo DJ Já Sambou"
pegou de surpresa sua autora, a
jornalista e DJ paulistana Claudia Assef, 29. Ela iniciou o projeto determinada a traçar um panorama da figura central da moderna música eletrônica. E descobriu que a história ia muito
mais longe do que imaginava.
Teve de voltar aos anos 50,
quando as "orquestras invisíveis" surgiram da necessidade
de se fazerem bailes baratos,
sem músicos ao vivo -"orquestra invisível" era um sujeito
tocando discos atrás da cortina.
Assef chegou, então, a Osvaldo
Pereira, 68, que identifica como
o primeiro DJ brasileiro.
Puxando o fio a partir dele, foi
aos bailões de samba-rock dos
60, à febre de discothèque dos
70, às danceterias roqueiras dos
80, ao hip hop. Descobriu que a
eletrônica não chegaria a ocupar metade de seu livro.
E constatou que, exceto pelas
apropriações de classe média
nas fases da disco music e do
boom de tecno e house dos 90, a
discotecagem sempre foi mais
ligada à música black e à periferia. "A formação do DJ no Brasil
é a cara do Brasil", define, remetendo ao "samba" no título .
(PEDRO ALEXANDRE SANCHES)
TODO DJ JÁ SAMBOU. Autora:
Claudia Assef. Editora: Conrad.
Quanto: R$ 25. Lançamento: amanhã,
às 14h, com debates, e domingo, às
14h com festa, na Fnac (av. Pedroso de
Moraes, 858, SP).
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