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Documentário
"Ser e Ter" vê a escola com candura
LEONARDO CRUZ
EDITOR-ASSISTENTE DA ILUSTRADA
A exibição de "Ser e Ter" na
próxima madrugada na TV paga é uma boa chance para rever
o documentário de Nicolas Philibert sem a sombra da polêmica que o cercou quando do lançamento do filme nos cinemas.
Retrato do cotidiano de uma
pequena escola pré-primária
no interior da França, o filme
quebrou recorde de público entre documentários naquele
país e colocou Philibert, os produtores e distribuidores do filme no centro de uma ação judicial. O professor Georges Lopez, personagem central de
"Ser e Ter", questionava o uso
de sua imagem e cobrava uma
indenização de 250 mil.
Tudo devido ao sucesso do
filme, que apenas na França
superou os 2 milhões de espectadores. E o que tanto encanta
em "Ser e Ter"?
A intensa dedicação de Lopez para ensinar às 13 crianças,
de quatro a 12 anos, conceitos
básicos educacionais e sociais é
um ponto importante. Outro é
o próprio carisma dos alunos,
em especial o do caçula Jojo.
Mas o que mais atrai no filme
é o ambiente quase idílico que
cerca a escola. Philibert encontrou no interior da França uma
comunidade que parece isolada
dos problemas do resto do país
(e do mundo). Violência, crise
do sistema de ensino, tudo isso
passa ao largo de "Ser e Ter",
que emana candura e nostalgia.
SER E TER
Quando: amanhã, à 0h15 (madrugada
de quarta)
Onde: GNT
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