São Paulo, sábado, 17 de outubro de 2009

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Mônica Bergamo

bergamo@folhasp.com.br

Alan Marques - 14.out.2009/Folha Imagem
A apresentadora Sabrina Sato veste a "sunga do Super-Homem" no senador Eduardo Suplicy

SABRINA SATO

"Estou com dó do Suplicy"

A apresentadora Sabrina Sato, do "Pânico na TV", convenceu o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) a vestir uma sunga vermelha por cima da calça e desfilar pelo Congresso como o "Super-Homem do Senado". Ela diz que ele não devolveu a fantasia e afirma ter medo de que a repercussão do caso prejudique o político.

 

FOLHA - Como convenceu o senador Suplicy a vestir a sunga?
SABRINA SATO
- Fiquei com dó dele hoje, falaram que saiu em todos os jornais, né? Eu adoro, amo, amo o Suplicy. Ele sempre fala com a gente. Fala dos projetos dele, daquela bolsa lá dele [o programa de renda mínima defendido pelo senador], mas também participa das brincadeiras. Tem uns senadores que são muito bacanas. Uns aceitam brincadeiras, outros não.

FOLHA - E foi ele que falou do Super-Homem?
SABRINA - A gente queria falar dos heróis e dos vilões do Congresso. Como o Senado é o Poder Legislativo e todo político gosta de poder, queria ver quais são os poderes deles. Eu disse: "Trouxe uma coisa aqui que é só para você, que nenhum outro senador vai poder usar: a sunga do Super-Homem". Ele colocou e saiu voando comigo. Não sei se isso é quebra de decoro. Acha que ele corre algum risco? Ele falou que estava preocupado com isso e disse: "Só vou fazer porque é pra vocês". Aí eu falei: "O senhor está acima do bem e do mal!" Ele foi supergentil. E nem devolveu a sunga, ficou lá com ele.

FOLHA - Tentou convencer outros senadores a usarem a sunga?
SABRINA
- Não, a sunga era pra ele. O [senador Marcelo] Crivella [PRB-RJ] falou: "Se você conseguir que o Suplicy coloque essa sunga vermelha, você pode eleger um presidente da República". Eu falei: "O senhor duvida dos meus superpoderes?". O Flávio Arns [PSDB-PR] disse: "Eu o conheço há mais de dez anos, ele não vai pôr". Mas combinou: depois do cartão vermelho, a sunga vermelha. Teve um deputado que imitou o Tarzan.

FOLHA - Qual?
SABRINA
- O Sandy Junior [Sandes Junior (PP-GO)]. Ele chama Sandy Junior, juro por Deus! O Flávio Arns homenageou o Super-Homem também, por tudo o que o ator [Christopher Reeve] passou. E teve um que cantou a música do He-Man, abriu a espada e tudo.

FOLHA - E como era a espada do deputado?
SABRINA
- [Risos] A espada fui eu que levei. Mas não coloca isso, senão não me deixam mais entrar com coisas escondidas lá!

FOLHA - Como você avalia os senadores?
SABRINA
- Acho que tem muitos senadores que não são comprometidos com o país e, por isso, não brincam. Os que trabalham direito falam com a gente. O Suplicy, o Cristovam [Buarque (PDT-DF)], o Demóstenes [Torres (DEM-GO)], o Heráclito [Fortes (DEM-PI)]. Eles são coerentes com as ideias deles e trabalham pra caramba. Os que não devem, não temem. No Twitter, falaram que o Suplicy fez errado. Eu não acho. Errado é o que eles fazem escondidos, não na frente do "Pânico".

FOLHA - Quem ainda foge?
SABRINA
- O Sarney nunca falou comigo. Anda com 15 pessoas em volta, dez capangas e os outros senadores puxa-sacos do lado dele. A gente coloca a música do "Poderoso Chefão" quando ele passa e não fala com a gente. Ele e o Renan. Falo que eles são o Batman e Robin. "Robin"! [rindo e fazendo um trocadilho com "roubem"].

FOLHA - Colocaria uma cueca no Renan?
SABRINA
- Ele não permitiria isso nem receberia tanta atenção nossa. Não deixa a gente brincar.

FOLHA - Foi difícil convencer o Pedro Simon [PMDB-RS] a dançar valsa com você?
SABRINA
- Todo mundo conhece o "Pânico". Peguntei qual era o talento dele e se ele sabia dançar. Ele disse: "Danço valsa bem". Aí dançou. O Arthur Virgílio [PSDB-AM] lutou jiu-jitsu comigo, quase caiu no chão.

FOLHA - O Heráclito Fortes ficou bravo quando apertou as bochechas dele?
SABRINA
- Imagina, o senador Heráclito é muito gentil! Tem muito humor, é muito bacana. Agora que ele fez operação de estômago, está emagrecendo e não vai mais ter bochecha para eu apertar. Ele me ajuda muito lá, chama os outros senadores para falarem comigo. Não tem nada a esconder, fala sobre tudo.

FOLHA - E o Demóstenes, que você chamou de careca?
SABRINA
- Ele sempre brinca. É culto, inteligente, coerente. Já conversei com ele sobre música, cinema... e política, claro. Mas você não vai querer me prejudicar, me fazendo entregar os senadores, né?

[Suplicy] falou que estava preocupado com isso [a acusação de quebra de decoro por vestir a cueca] e disse: "Só vou fazer porque é pra vocês". Aí eu falei: "O senhor está acima do bem e do mal!"
SABRINA SATO, apresentadora

É fria

Não é consenso entre os dirigentes do comitê de São Paulo para a Copa de 2014 que a cidade deva brigar para sediar a abertura do Mundial. Na própria prefeitura e no governo do Estado cresce a ideia de que pode ser vantajoso abrir mão do evento, em razão do grande número de exigências da Fifa. "A abertura é uma fria. A Fifa pede isenção de ISS e ICMS e que banquemos os "hospitality centers" para os convidados de seus patrocinadores", diz uma autoridade que participa das negociações.

O TOSTÃO...
Embora possa trazer dividendos políticos às autoridades de São Paulo, o jogo inaugural da seleção brasileira é visto como pouco vantajoso do ponto de vista econômico, se comparado a outras partidas entre seleções estrangeiras. É que elas atrairiam mais torcedores de outros países que "deixam mais dinheiro na cidade", de acordo com a mesma autoridade.

...E O MILHÃO
Apesar de todas as exigências, feitas tanto ao governo federal quanto às administrações estaduais, de isenções de impostos -o que já causou um racha no governo Lula quanto à pertinência de ceder em todos os pontos - a equipe de "propaganda" da CBF e da Fifa vende a ideia de que a Copa acontecerá sem "um tostão" de dinheiro público.

TERRA ESTRANGEIRA
Na semana do GP Brasil de F-1, as churrascarias mais caras de SP foram tomadas por integrantes das equipes, que têm nos rodízios de carne um de seus "points" na cidade. Na noite de quarta-feira, na Jardineira Grill, enquanto Rubens Barrichello e o inglês Jenson Button pilotavam um jantar de sua escuderia, a Brawn GP, só se ouvia português em sete das 280 cadeiras do restaurante.

PILOTO COM CHOFER
O piloto Mark Webber, da Red Bull, pediu três carros da Audi para rodar em SP no fim de semana do GP Brasil. E tem quatro motoristas à disposição para a tarefa.

MANTENHA DISTÂNCIA
E já existem carros em São Paulo circulando com um adesivo, no para-brisa dianteiro, com o desenho de uma mola e o sinal de proibido, em referência ao acidente em que Felipe Massa foi atingido pela peça, que se soltou do carro de Rubens Barrichello durante treino da F-1.

EM TODAS
O delegado Protógenes Queiroz (PC do B-SP) é o primeiro convidado, em 23 de novembro, da série de debates "O Teatro e o Poder", promovido pelo grupo Parlapatões para discutir a relação da cultura com a política. A subprefeita da Lapa, Soninha Francine (PPS-SP), também já confirmou participação.

CURTO-CIRCUITO
A AUTORA Cynthia Cruttenden faz hoje sessão de autógrafos do livro "Noite do Sertão". A partir das 10h30 na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho, na Vila Madalena.
O PILOTO E DJ Raul Boesel faz discotecagem hoje na festa "Grand Prix in the Box", na boate The Box, na Vila Olímpia. 18 anos.
MARINA PERSON lança hoje, às 17h, o DVD de seu filme "Person", na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
RICARDO SANTHIAGO lança hoje o livro "Solistas Dissonantes: História (Oral) de Cantoras Negras". Das 16h às 19h, na Livraria da Vila da alameda Lorena, nos Jardins.
EUNICE ARRUDA faz tarde de autógrafos hoje, às 15h, do livro "Dias Contados", na livraria Martins Fontes, na av. Paulista.
A GALERIA Jacques Ardies abriga a partir de hoje, ao meio-dia, a exposição "Raridades", com 45 obras de pintores naif.
A SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE e a Avon promovem amanhã orientação sobre o câncer de mama e triagem para mamografias. Das 9h às 16h, no parque Ibirapuera.

com ADRIANA KÜCHLER, DIÓGENES CAMPANHA, FLÁVIA MARTIN e MATHEUS PICHONELLI



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