São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2010

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OPINIÃO

Série original empolgava com cenários exóticos e biquínis

ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA

A primeira imagem já diz tudo: uma grande onda se forma no mar azul enquanto uma bateria galopante dita o ritmo para a entrada bombástica de um naipe de metais tocando o famoso tema surfe composto por Morton Stevens.
Depois, entram imagens de praias paradisíacas, gatas havaianas de tanguinha dançando o hula-hula, vulcões em erupção, surfistas enfrentando ondas assassinas, veleiros singrando os mares ao pôr do sol e elegantes policiais de terno e armas nas mãos.
E isso tudo é só a abertura de "Havaí 5-0".
Na série, o detetive Steve McGarrett (na versão original vivido por Jack Lord) comandava uma equipe de elite, braço da polícia do Havaí, que combatia mafiosos internacionais, espiões e traficantes de todos os tipos. Gente da pesada.
O seriado estreou nos Estados Unidos em 1968 e ficou no ar por 12 temporadas. Até ser ultrapassado por "Law and Order", em 2003, deteve o título de série mais duradoura da televisão norte-americana.
O título aludia ao fato de o Havaí ser o 50º Estado dos Estados Unidos. E a série foi tão popular que "5-0" virou gíria entre os jovens norte-americanos, significando "polícia".
"Havaí 5-0" marcou época. Era impossível não se empolgar com a mistura de histórias policiais, cenários exóticos e lindas mulheres de biquíni.
Enquanto a maioria das séries policiais mostrava o submundo cinzento de metrópoles como Nova York, San Francisco ou Los Angeles, as histórias de "Havaí 5-0" se passavam em um paraíso tropical.
Muito da mística em torno do Havaí surgiu a reboque da série. Não é à toa que o número de turistas subiu no país nos anos em que a série estava no ar.
Todo mundo queria ser Steve McGarrett.


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