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OPINIÃO
Série original empolgava com cenários exóticos e biquínis
ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA
A primeira imagem já diz
tudo: uma grande onda se
forma no mar azul enquanto
uma bateria galopante dita o
ritmo para a entrada bombástica de um naipe de metais tocando o famoso tema
surfe composto por Morton
Stevens.
Depois, entram imagens
de praias paradisíacas, gatas
havaianas de tanguinha dançando o hula-hula, vulcões
em erupção, surfistas enfrentando ondas assassinas, veleiros singrando os mares ao
pôr do sol e elegantes policiais de terno e armas nas
mãos.
E isso tudo é só a abertura
de "Havaí 5-0".
Na série, o detetive Steve
McGarrett (na versão original
vivido por Jack Lord) comandava uma equipe de elite,
braço da polícia do Havaí,
que combatia mafiosos internacionais, espiões e traficantes de todos os tipos. Gente
da pesada.
O seriado estreou nos Estados Unidos em 1968 e ficou
no ar por 12 temporadas. Até
ser ultrapassado por "Law
and Order", em 2003, deteve
o título de série mais duradoura da televisão norte-americana.
O título aludia ao fato de o
Havaí ser o 50º Estado dos
Estados Unidos. E a série foi
tão popular que "5-0" virou
gíria entre os jovens norte-americanos, significando
"polícia".
"Havaí 5-0" marcou época. Era impossível não se empolgar com a mistura de histórias policiais, cenários exóticos e lindas mulheres de biquíni.
Enquanto a maioria das
séries policiais mostrava o
submundo cinzento de metrópoles como Nova York,
San Francisco ou Los Angeles, as histórias de "Havaí 5-0" se passavam em um paraíso tropical.
Muito da mística em torno
do Havaí surgiu a reboque da
série. Não é à toa que o número de turistas subiu no país
nos anos em que a série estava no ar.
Todo mundo queria ser
Steve McGarrett.
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