São Paulo, sábado, 17 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRECHO

A redundância na qual a crítica caiu nas últimas décadas manifesta-se na obsolescência da maioria dos termos empregados. Trata-se de convenções lingüísticas aproximativas e problemáticas, conceitos como abstrato/figurativo, moderno/tradicional, ou critérios de periodização como gótico, renascimento, barroco, clássico ou romântico, excessivamente ambíguos, imprecisos, redutores e arbitrários, mas dos quais é difícil escapar. São, como bem expressou Friedrich W. Nietzsche, "palavras eternizadas e duras como pedras".
Além disso, a crítica contemporânea sustenta-se em certos tópicos inamovíveis, dos quais se deveria desconfiar. Até que ponto é inquestionável que a arte abstrata seja sempre mais progressista do que a arte que não rompe com os processos miméticos da realidade? Vejam-se alguns episódios [...] em que a renovação surgiu do campo da figuração: o impactante neo-realismo de Edward Hopper ou David Hockney.

Extraído de "Arquitetura e Crítica", de Josep Maria Montaner


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Conferência ocorre hoje
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.