São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Crítica

Filme de Chaplin dialoga com a modernidade

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cinema fez um belo casamento com outras artes nos anos 10 e 20. Numa época em que a mecanização já mostrava seu vulto sobre o cotidiano humano, vários artistas plásticos tentavam dialogar com esses novos tempos por meio dos filmes. Sendo alguns deles Marcel Duchamp, Man Ray e Hans Richter, na prática tivemos uma produção experimental notável.
Pois Charles Chaplin, do outro lado do oceano, além de herdar por muito tempo essa inquietação dos artistas europeus, fez alguns filmes emblemáticos sobre essa relação homem e modernidade.
Um deles é "Em Busca do Ouro" (Telecine Cult, 20h). Nem é um filme urbano, mas Carlitos refaz a relação do corpo num mundo tecnológico, onde o primeiro vai perdendo e ganhando novas funções diante do maquinário. É, também, o momento criando a utilidade. Assim, num barraco no meio da neve, Carlitos combaterá a desolação fazendo um pequeno número musical com dois pãezinhos espetados em garfos.


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