São Paulo, terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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Belo Horizonte recebe recorte de obras de Bienal

Capital mineira, primeira parada de uma turnê de 12 cidades brasileiras, recebe 190 trabalhos de 35 artistas

Obras em grande escala, como as de Nuno Ramos e Cildo Meireles, não saem de SP; curadores destacam artistas de MG

SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Na ditadura, Artur Barrio levou trouxas ensanguentadas a margens de córregos e esgotos em Belo Horizonte.
Sua obra, uma das mais célebres da carreira, acabou sendo mostrada no então recém-inaugurado Palácio das Artes, endereço da capital mineira para onde volta agora num recorte de obras da 29ª Bienal de São Paulo.
Encerrada em dezembro no pavilhão do parque Ibirapuera, a mostra paulistana começa em versão menor hoje, em Belo Horizonte, primeira parada de uma turnê de 12 cidades até agosto.
"Vai ser uma experiência mais coesa e articulada de obras expostas", resume Moacir dos Anjos, curador da Bienal. "Talvez seja menos frustrante do que ver a mostra em São Paulo, que você sabe que não vai ver inteira."
No lugar das 850 obras de 159 artistas que estavam no Ibirapuera, a Bienal fora de casa reúne agora cerca de 190 trabalhos de 35 autores.
Ficaram de fora obras em grande escala, como a instalação de Nuno Ramos que ocupava o vão central do pavilhão, e a de Cildo Meireles, em que homens de verdade giravam um enorme cilindro estampado com imagens.
Mas viajam a Belo Horizonte obras de consagrados como Hélio Oiticica, Flávio de Carvalho, Antonio Dias, Apichatpong Weerasethakul, Jimmie Durham, Lygia Pape e Jean-Luc Godard.
Também mais próximas do contexto mineiro, a seleção feita para o Palácio das Artes destaca artistas de lá, como Cinthia Marcelle, Sara Ramo e Rosângela Rennó.
Nas paradas seguintes da turnê, a seleção de obras também deve levar em conta o contexto de cada espaço.
No Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador, que tem se destacado com mostras de videoarte, a instalação com dezenas de televisores do artista Douglas Gordon terá lugar de destaque.


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