São Paulo, quarta, 18 de fevereiro de 1998

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Casal reclama do estigma

especial para a Folha

Meu encontro com Plínio Marcos e Vera Artaxo foi no Gigetto, cantina do Centro de São Paulo, onde o dramaturgo tem mesa cativa desde 94. Estávamos na companhia do filho dela, Thiago, 15.
Não foi servida bebida alcoólica. O papo rolou sob o império do cafezinho. E Plínio não fuma desde os anos 80.
Recentemente, o casal comprou um apartamento de três quartos na rua Maranhão, Higienópolis, o mesmo endereço de FHC, o que é uma ironia. "Quem diria. Eu, que não voto, moro agora ao lado do poder", diverte-se Plínio.
Aparentemente, Plínio Marcos é outro. O cabelo penteado e a disposição redobrada fazem esquecer do Plínio que morava no Copan, no mesmo Centro paulistano, vendia livros em porta de teatro.
"O mais irritante é quando dizem que eu tirei o Plínio do lixo. Nosso apartamento foi comprado com dinheiro dos dois. Mas pintam um retrato estereotipado, como se eu fosse a mulher maravilha, a heroína", reclama Artaxo.
O casal se conhece desde a década de 70. Ela já trabalhou na TV Cultura, na Folha, Editora Abril, entre outros. Costumava entrevistar Plínio Marcos. A jornalista e sua fonte se reencontraram depois e se juntaram em 1995.
Apesar das mudanças, Plínio Marcos ainda joga tarô. Dá consultas pelo telefone (011) 3667-1190 -se o repórter não der o número, Plínio Marcos diz que não o convida mais para jantar no Gigetto. (MRP)



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