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Casal reclama do estigma
especial para a Folha
Meu encontro com Plínio Marcos e Vera Artaxo foi no Gigetto,
cantina do Centro de São Paulo,
onde o dramaturgo tem mesa cativa desde 94. Estávamos na companhia do filho dela, Thiago, 15.
Não foi servida bebida alcoólica.
O papo rolou sob o império do cafezinho. E Plínio não fuma desde
os anos 80.
Recentemente, o casal comprou
um apartamento de três quartos
na rua Maranhão, Higienópolis, o
mesmo endereço de FHC, o que é
uma ironia. "Quem diria. Eu, que
não voto, moro agora ao lado do
poder", diverte-se Plínio.
Aparentemente, Plínio Marcos é
outro. O cabelo penteado e a disposição redobrada fazem esquecer
do Plínio que morava no Copan,
no mesmo Centro paulistano,
vendia livros em porta de teatro.
"O mais irritante é quando dizem que eu tirei o Plínio do lixo.
Nosso apartamento foi comprado
com dinheiro dos dois. Mas pintam um retrato estereotipado, como se eu fosse a mulher maravilha, a heroína", reclama Artaxo.
O casal se conhece desde a década de 70. Ela já trabalhou na TV
Cultura, na Folha, Editora Abril,
entre outros. Costumava entrevistar Plínio Marcos. A jornalista e
sua fonte se reencontraram depois
e se juntaram em 1995.
Apesar das mudanças, Plínio
Marcos ainda joga tarô. Dá consultas pelo telefone (011)
3667-1190 -se o repórter não der
o número, Plínio Marcos diz que
não o convida mais para jantar no
Gigetto.
(MRP)
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