São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2005

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Neverland era "ilha de Pinóquio", diz governanta

DA REDAÇÃO

Em depoimento prestado ontem ao júri do caso Michael Jackson, uma ex-governanta de Neverland, rancho do cantor, afirmou que o lugar era "como a ilha encantada de Pinóquio, um lugar onde as crianças não tinham horário, dormiam com Michael Jackson e, mais de uma vez, pareciam alcoolizadas".
Kiki Fournier, governanta de Neverland entre 1991 e 2003, também disse que as crianças que freqüentavam a mansão "caminhavam pelo rancho, comiam e dormiam sem restrição de horário e assistiam a filmes sem qualquer controle dos adultos".
Quando questionada se notou mudanças nas crianças durante o tempo em que trabalhou em Neverland, ela respondeu: "Sim, o comportamento (das crianças) mudava. Quanto mais descontrole havia, mais destrutivas e selvagens elas ficavam".
Além do depoimento de Fournier, a acusação também mostrou um vídeo com várias revistas pornográficas, DVDs e fitas de vídeo "para adultos" apreendidos durante a operação policial feita no rancho em novembro de 2003.
Tanto os policiais ouvidos anteontem quanto a ex-governanta de Jackson admitiram que não existe qualquer evidência que demonstre que o astro mostrou esse material ao menino que o acusa de abuso sexual.
Nos últimos dias, a defesa apontou várias contradições entre as declarações da suposta vítima e seus irmãos dadas à polícia e àquelas dadas ao júri do caso. O garoto que acusa o cantor de molestamento também admitiu ter negado abuso por parte de Jackson quando questionado pelo reitor de seu colégio. Segundo ele, a negação foi por vergonha do que diriam seus colegas de escola.


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