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Neverland era "ilha de Pinóquio", diz governanta
DA REDAÇÃO
Em depoimento prestado ontem ao júri do caso Michael Jackson, uma ex-governanta de Neverland, rancho do cantor, afirmou que o lugar era "como a ilha
encantada de Pinóquio, um lugar
onde as crianças não tinham horário, dormiam com Michael
Jackson e, mais de uma vez, pareciam alcoolizadas".
Kiki Fournier, governanta de
Neverland entre 1991 e 2003, também disse que as crianças que freqüentavam a mansão "caminhavam pelo rancho, comiam e dormiam sem restrição de horário e
assistiam a filmes sem qualquer
controle dos adultos".
Quando questionada se notou
mudanças nas crianças durante o
tempo em que trabalhou em Neverland, ela respondeu: "Sim, o
comportamento (das crianças)
mudava. Quanto mais descontrole havia, mais destrutivas e selvagens elas ficavam".
Além do depoimento de Fournier, a acusação também mostrou
um vídeo com várias revistas pornográficas, DVDs e fitas de vídeo
"para adultos" apreendidos durante a operação policial feita no
rancho em novembro de 2003.
Tanto os policiais ouvidos anteontem quanto a ex-governanta
de Jackson admitiram que não
existe qualquer evidência que demonstre que o astro mostrou esse
material ao menino que o acusa
de abuso sexual.
Nos últimos dias, a defesa apontou várias contradições entre as
declarações da suposta vítima e
seus irmãos dadas à polícia e
àquelas dadas ao júri do caso. O
garoto que acusa o cantor de molestamento também admitiu ter
negado abuso por parte de Jackson quando questionado pelo reitor de seu colégio. Segundo ele, a
negação foi por vergonha do que
diriam seus colegas de escola.
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