São Paulo, sexta-feira, 18 de março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros CRÍTICA COMÉDIA "Sexo sem Compromisso" não tem humor nem ousadia ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Emma (Natalie Portman) é uma estudante de medicina avessa às relações afetivas. Adam (Ashton Kutcher) é um rapaz meio imaturo que não pode ver um rabo de saia. Instado por Emma, ele aceita que a relação de ambos se limite estritamente ao sexo, sem envolvimento. Mas é claro que as coisas não terminam assim. E "Sexo sem Compromisso" é uma longa travessia no deserto -de ideias, humor- até o fim açucarado e previsível. Pior do que o desfecho esperado é o desenrolar da narrativa, pouquíssimo inspirado por conta de um roteiro sem consistência. Muitas piadas se pretendem apimentadas, mas não passam de gracejos de vulgaridade deslocada, de péssimo gosto, que caem no ridículo ou no clichê. Os personagens secundários são meros figurantes. As subintrigas que mobilizam só existem para tentar colocar mais "recheio" em uma história oca. Até o sexo prometido pelo título -objeto de poucas cenas rápidas e burocráticas- é praticamente sonegado ao espectador. Ivan Reitman nunca foi um diretor com grandes talentos, mas aqui ele se superou. Fez uma comédia aborrecida, sem irreverência ou ousadia. Nem os protagonistas a salvam do desastre: Portman parece não saber o que faz ali e Kutcher não vai além do que realmente é, um ator descartável, que deveria voltar a ser modelo. SEXO SEM COMPROMISSO DIREÇÃO Ivan Reitman PRODUÇÃO EUA, 2011 COM Natalie Portman, Ashton Kutcher e Kevin Kline ONDE nos cines Anália Franco, Bristol, Eldorado e circuito CLASSIFICAÇÃO 12 anos AVALIAÇÃO ruim Texto Anterior: Crítica/Ação: "Invasão do Mundo" é sucessão de clichês Próximo Texto: Crítica/Drama: "Não Me Abandone Jamais" evita lado ético da clonagem Índice | Comunicar Erros

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