São Paulo, Quinta-feira, 18 de Março de 1999
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RELÂMPAGOS
Figueira

JOÃO GILBERTO NOLL

Quantas vezes pedi: "Não venha mais!". Eu estava sentado na praça da Catedral, no centro de Florianópolis. Turistas argentinos, de mãos dadas, davam um abraço na secular figueira. E cantavam, a me cercar também, ali, à sombra da imponente copa. Em meio à algazarra, eu pedia a quem já esqueci para não vir mais, que ficasse lá em seu indefectível desinteresse, impermeável com certeza à tempestade deste copo aqui. Abri o jornal para assim passar a noite e a manhã seguinte. "Quanto é essa bela cesta?", perguntei à índia a meu lado. Ela disse uma coisa em sua língua. "Ah!", respondi. E tirei os sapatos.


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