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Descontentes reclamam do público
DA REDAÇÃO
"Só tem gente feia, mal-educada, esbarrando na gente sem pedir desculpa, abordando de forma
grosseira. Virou uma Oktoberfest." A opinião, quebrando o bloco dos contentes, não veio de alguém que detesta música eletrônica e eventos de massa. A frase é
de Rosane Schweidson, 50, que
durante três anos veio de Curitiba
para o Skol Beats -e achou a edição deste ano a pior de todas.
"Tem muita gente que não é da
eletrônica", disse Schweidson. De
fato, o evento recebeu muito mais
público e teve um trio elétrico que
trouxe algumas atrações não diretamente ligadas à música eletrônica. As abordagens inoportunas,
com homens puxando mulheres
pelos braços e cabelos, também
foram testemunhadas pela reportagem da Folha -uma delas quase acabou em briga.
Mas culpar o público "de fora"
pode não ser correto, já que mesmo este encontrou motivo para
reclamar. "A bilheteria estava
muito escondida e os seguranças
não sabiam dar informações",
disse Ana Yoshida, 23, que também teve problemas para estacionar -parou em um posto de gasolina distante e pagou R$ 25.
Luís Barros, 22, freqüentador de
raves e fã de eletrônica que veio de
São Caetano com um amigo e
uma faixa exaltando a pacificidade do público, elogiou o evento,
mas reclamou da pouca variedade das atrações. "Faltou uma tenda de psy", disse.
O bloco dos descontentes, em
franca minoria, foi completado
por parte do pessoal que trabalhou no evento -e que preferiu
não se identificar. A reclamação
unânime entre os seguranças particulares -2.100, segundo a organização- foi quanto à carga de
trabalho: começaram às 7h30 do
sábado e trabalharam até às 9h do
domingo. Tanto eles quanto caixas ouvidos pela Folha se queixaram da comida que lhes foi servida pela organização -um sanduíche de presunto e queijo, uma
banana e um refrigerante.
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