São Paulo, segunda-feira, 18 de abril de 2005

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Vencedora traz rock de plumas

ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

O começo do Abril pro Rock deste ano foi atrás do máximo de independência possível das bandas que abririam o show de Placebo e participaram da seletiva do Claro que É Rock -um acordo uniu os dois festivais e colocou o show do Placebo e a seletiva das bandas que fazem parte do festival da empresa de telefonia celular dentro da primeira noite do APR-, escolhendo um dos grupos para tocar no festival que deve acontecer no Sudeste, no segundo semestre deste ano.
As cinco bandas que concorriam fizeram shows competentes, sempre baseados em composições próprias.
A banda vencedora da seleção, a paraibana Star 61, vai fazer parte da escalação de grupos que vão abrir o festival que deve acontecer no segundo semestre no Rio e em São Paulo. Os vencedores da primeira etapa, que aconteceu no Recife e reunia bandas das regiões Norte e Nordeste, são da Paraíba e não ficariam muito atrás em comportamento estranho se comparadas às antigas performances do Placebo ou mesmo aos Secos e Molhados, a quem o grupo costuma se comparar.
No show, a Star 61 conseguiu chamar a atenção pelo comportamento e pelo visual bizarro para fazer com que o público, e pelo visto o júri do festival dentro do festival, prestasse atenção também nas músicas.
Como prêmio, o grupo recebeu dinheiro que vai ajudar na produção do primeiro disco -até hoje eles só lançaram uma demo de quatro músicas- além de já estar entre as bandas que vão tocar no Sudeste no segundo semestre. Neste ponto, a banda conseguiu esquecer a independência, e viaja com a produção acertada.
Além da banda vencedora também tocaram o Bugs, de Natal. Um power trio com destaque para o "poder", a energia sonora de um rock simples e cru. Eles foram os primeiros a se apresentar no primeiro dia de festival, mas conseguiram acordar o público.
Única representante da região Norte, Suzana Flag, de Belém, faz um som pop e simples, mas com boas composições próprias e conjunto de banda harmônico.
Também de João Pessoa, como a vencedora, Zefirina Bomba está entre as bandas que fazem a velha mistura do local com o universal. No caso, música regional com rock pesado, incluindo uma viola distorcida que se apresenta como o diferencial da banda.
Do Recife, Rádio de Outono é pop até a alma. O grupo não tem guitarras e segura o som no conjunto de baixo bateria e teclado, em composição com vocal feminino. Para quebrar essas apresentações "regulamentares", um grupo de Recife improvisou um pequeno palco na área reservada ao tradicional mercado pop. The Playboys, do Recife, tocou no chão, para cem pessoas.

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