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Vencedora traz rock de plumas
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE
O começo do Abril pro Rock
deste ano foi atrás do máximo de
independência possível das bandas que abririam o show de Placebo e participaram da seletiva do
Claro que É Rock -um acordo
uniu os dois festivais e colocou o
show do Placebo e a seletiva das
bandas que fazem parte do festival da empresa de telefonia celular dentro da primeira noite do
APR-, escolhendo um dos grupos para tocar no festival que deve
acontecer no Sudeste, no segundo
semestre deste ano.
As cinco bandas que concorriam fizeram shows competentes,
sempre baseados em composições próprias.
A banda vencedora da seleção, a
paraibana Star 61, vai fazer parte
da escalação de grupos que vão
abrir o festival que deve acontecer
no segundo semestre no Rio e em
São Paulo. Os vencedores da primeira etapa, que aconteceu no
Recife e reunia bandas das regiões
Norte e Nordeste, são da Paraíba e
não ficariam muito atrás em comportamento estranho se comparadas às antigas performances do
Placebo ou mesmo aos Secos e
Molhados, a quem o grupo costuma se comparar.
No show, a Star 61 conseguiu
chamar a atenção pelo comportamento e pelo visual bizarro para
fazer com que o público, e pelo
visto o júri do festival dentro do
festival, prestasse atenção também nas músicas.
Como prêmio, o grupo recebeu
dinheiro que vai ajudar na produção do primeiro disco -até hoje
eles só lançaram uma demo de
quatro músicas- além de já estar
entre as bandas que vão tocar no
Sudeste no segundo semestre.
Neste ponto, a banda conseguiu
esquecer a independência, e viaja
com a produção acertada.
Além da banda vencedora também tocaram o Bugs, de Natal.
Um power trio com destaque para o "poder", a energia sonora de
um rock simples e cru. Eles foram
os primeiros a se apresentar no
primeiro dia de festival, mas conseguiram acordar o público.
Única representante da região
Norte, Suzana Flag, de Belém, faz
um som pop e simples, mas com
boas composições próprias e conjunto de banda harmônico.
Também de João Pessoa, como
a vencedora, Zefirina Bomba está
entre as bandas que fazem a velha
mistura do local com o universal.
No caso, música regional com
rock pesado, incluindo uma viola
distorcida que se apresenta como
o diferencial da banda.
Do Recife, Rádio de Outono é
pop até a alma. O grupo não tem
guitarras e segura o som no conjunto de baixo bateria e teclado,
em composição com vocal feminino. Para quebrar essas apresentações "regulamentares", um grupo de Recife improvisou um pequeno palco na área reservada ao
tradicional mercado pop. The
Playboys, do Recife, tocou no
chão, para cem pessoas.
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